Na Angelini Farmacêutica trabalham 160 colaboradores, recrutados na sua maioria à saída da universidade. Dentro da política de recursos humanos da empresa, o principal motor de recrutamento e seleção de colaboradores é o programa anual de estágios e deteção de talentos. Conceição Martins, a diretora de recursos humanos da farmacêutica, lidera anualmente uma operação de charme da Angelini junto das universidades. A meta é captar e reter os melhores, oferecendo-lhes hipóteses reais de progressão na estrutura organizacional da empresa.
Formação académica de excelência, vontade de aprender, criatividade, energia, bom senso e paixão pela vida são os aspetos que a diretora de recursos humanos mais valoriza no momento de recrutar para a sua equipa. “Os recrutamentos mais frequentes, quando ocorrem, são normalmente na área de vendas e marketing, dado que somos uma empresa eminentemente comercial”, explica Conceição Martins. Segundo a diretora, “a Angelini procura sobretudo recém-licenciados de boas universidades portuguesas que, preferencialmente, tenham tido uma experiência no exterior ou possuam interesses diversificados”. A especialista diz assumir por princípio que as hard-skills estão asseguradas de base pela formação. Por isso quando recruta foca-se mais em encontrar bons candidatos ao nível das soft-skills.
A empresa está neste momento a acolher um conjunto de estágios, com a duração máxima de um ano na área de Marketing e assegura Conceição Martins, “há perspetiva real de desenvolvimento de carreira para estes jovens face a novos que a empresa está a abraçar”. Em paralelo, a empresa não tem para já previsto nenhum outro processo de recrutamento para o segundo semestre do ano, mas a líder de RH da Angelini não fecha as portas a recorrer ao mercado “caso ocorram alterações ao nosso negócio que nos obriguem a reforçar a estrutura”.
A base de dados de candidatos a integrar a empresa é sempre o ponto de partida para qualquer processo de recrutamento na Angelini. Contudo, nos últimos anos, a empresa tem privilegiado o desenvolvimento de processos de recrutamento através dos recursos internos, sem recorrer a recrutamentos externos. A ligação da Angelini às melhores universidades nacionais também tem sido uma aposta constante da diretora de RH. “Anualmente promovemos o AUA! – Angelini University Awards, um prémio destinado a jovens universitários que lhes lança um desafio, com vista à criação de novas ideias sobre um tema especifico”, explica Conceição Martins salientando a importância da iniciativa na consolidação da ligação entre as universidades e a empresa.
Capacidade de relação interpessoal, organização e flexibilidade são competências valorizadas por Conceição Martins que alerta os jovens: “o mercado de trabalho atual está bastante diferente e apresenta dificuldades acrescidas para os jovens. Por isso, além da formação académica é fundamental ser empreendedor, polivalente, tendo a capacidade de se adaptar a diferentes contextos e situações”. A inovação e a competitividade, diz a especialista, são o principal desafio da empresa no mercado farmacêutico nacional.
Conceição Martins
43 anos
Diretora de Recursos Humanos da Angelini Farmacêutica
Formação:
É licenciada em sociologia, com especialização em Sociologia do Trabalho, pelo ISCTE. Possui ainda um mestrado em Gestão de Recursos Humanos, pela mesma instituição de ensino e uma pós-graduação em Gestão executiva, pela AESE.
Percurso:
Iniciou a carreira aos 20 anos na Fiat, como estagiária desempenhando funções de técnica júnior de Recursos Humanos. Daí transitou para responsável da secção de RH da Fórmula 4, um concessionário da marca. Em 1996 assume o cargo de responsável de RH na Peugeot, onde permaneceu até se tornar diretora de RH na Hewlett Packard Portugal, em 2000. Está desde 2005 na liderança da à frente da direção de recursos humanos da Angelini Farmacêutica.
Desafio atual:
“Conseguir manter o espírito de grupo e os níveis de envolvimento e energia das pessoas, durante esta difícil travessia nacional”, revela.
Princípio de gestão quotidiana:
“Na Angelini privilegiamos o dinamismo e a estabilidade ao nível da gestão”, esclarece a diretora de RH adiantando que “numa altura em que a mudança é uma constante, é fundamental movimentarmo-nos num contexto interno que aposte a estabilidade ao nível da gestão, como garante de uma linha condutora de trabalho e uma aposta clara na continuidade”.
Família:
É divorciada.
Hóbis:
Os seus tempos livres são dedicados ao cinema, às viagens e a andar de bicicleta, uma paixão que tomou aos 42 anos.