Carreiras

Sérgio Louro



01.01.2000



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Sérgio Louro

Desde pequeno, ainda no tempo dos Spectrum, que se lembra de passar as noites em frente ao computador. A jogar, a fazer jogos e a explorar até ao limite a mais recente linguagem de programação. Sérgio Louro, 31 anos e uma vida ligada à corrente, feita de linguagens de programação, de inteligência artificial e de simuladores automóveis.

Sempre desejou seguir informática?
Na verdade, não me lembro de alguma vez ter pensado em seguir alguma outra coisa. Sempre estive muito ligado aos computadores e não me recordo de alguma vez me ter passado pela cabeça seguir algo de diferente.

É licenciado em Informática e Gestão, certo?
Sim, pelo ISLA de Santarém. Antes disso formei-me em Técnico profissonal em Informática de Gestão na Escola Secundária Dr. Ginestal Machado, em Santarém.

Mas agora está a fazer o mestrado....
Sim, agora estou a fazer um mestrado em Inteligência Artificial da responsabilidade conjunta das faculdades de Economia, Ciências e Engenharia do Porto.
Penso que é muito importante estarmos sempre a actualizarmo-nos, principalmente nesta área. Nos dias de hoje tudo está em constante mutação, há sempre novas portas e novos horizontes e temos que tentar acompanhar o ritmo ou ficamos para trás.
Há alguns anos atrás Inteligência Artificial era algo que pouco ou nada me dizia. Hoje em dia acredito ser o futuro.

Esta área acaba por estar ligada com o projecto onde está agora, certo?
Sim, um pouco. Actualmente estou como Director Informático na Tecniduplo, onde estou a desenvolver software de simulação, mais especificamente simuladores automóveis. É um produto muito interessante que joga com vários elementos desde grafismo 3D, mecânica, interactividade, agentes - que podem ser inteligentes - etc. Penso que é um produto que terá muito a lucrar com a aplicação e desenvolvimento da Inteligência Artificial.

Como foi o seu percurso profissional antes de chegar aqui?
Comecei por trabalhar como freelancer, ainda no tempo da faculdade, desenvolvendo pequenos programas muito específicos para várias empresas e actuando como consultor essencialmente para a área da banca e do imobiliário. Depois entrei na Telegest, em Alcobaça, onde coordenei o departamento de análise de programação e de sistemas.
Daí vim directamente para a Tecniduplo para coordenar este projectos dos simuladores.
É um projecto fantástico, muito interessante, e temos desenvolvido produtos muito engraçados em cooperação com a Direcção Geral de Viação.
Para além da vertente didáctica, é um produto onde podem ser aplicadas as mais recentes tecnologias e isso é sempre motivante.

A mudança constante de que falou há pouco dentro da sua área serve como elemento motivador?
Sem dúvida. Se não houvesse linguagens novas para explorar, novas tecnologias para desenvolver, instalava-se a monotonia e isso é algo que não consigo sequer imaginar. A piada dentro desta área é que estão sempre a surgir coisas novas que nos permitem ir alargando os limites do que é possível realizar.

Mas isso implica o tal esforço de actualização. Tem que investir muito na sua carreira!
Sem dúvida. Tento ir a todas as exposições (nacionais e internacionais), conferências, colóquios, etc. É indispensável dentro deste meio.

Se não estivesse ligado aos computadores gostava de estar ligado a quê?
Nunca pensei nisso. Às vezes perco a paciência com as máquinas, é normal. Há dias em que parecem estar mesmo contra nós. Nos piores dias, em que temos um projecto para entregar no dia a seguir e todas as máquinas crasham, dão problemas, estão lentas, etc., penso que um dia mudo de vida. Mas como não me ocorre nenhuma alternativa, vou ficando!






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