Carreiras

Porquê um MBA?

O mundo de amanhã não se abre com as chaves de hoje. Os principais líderes empresariais sabem-no e é por isso que tem aumentado a procura de MBA's.



03.04.2013



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Novas oportunidades de emprego e progressão na carreira, networking, incrementos salariais, internacionalização da carreira, criação de um projeto empresarial próprio ou a mudança radical da área de atividade, figuram entre as principais razões que levam um profissional a investir num Master in Business Administration (MBA).

Todas elas são válidas e apesar do pesado investimento que é necessário realizar para frequentar esta formação de topo, garante os líderes das principais escolas de negócios nacionais que a procura é cada vez maior.

Nos tempos turbulentos que atualmente enfrentam as empresas e os profissionais, o MBA é uma carta de recomendação para trabalhar em qualquer parte do mundo. Os números comprovam-no: no último ano, Harvard superou as 36 mil candidaturas para apenas 2600 vagas.

O MBA está na moda e alcançou o estatuto de “formação de excelência” pelo resultados práticos que garante a empresas e profissionais. João carvalho das Neves, o diretor do MBA do ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão, confirma-o. Em 30 anos formou mais de 750 alunos e assegura que o MBA é um investimento com retorno assegurado, independentemente de qualquer conjuntura económica. 


“Atualmente somos procurados por profissionais que pretendem dar um salto na sua carreira, quer dentro da organização onde trabalham, quer na mudança de sector de atividade ou na criação do próprio negócio”, explica o diretor adiantando que “apesar de haver uma oferta enorme de MBA’s, o mercado procura hoje, essencialmente, os programas que habilitam a trabalhar em qualquer organização do mudo”.

A internacionalização da carreira é, aliás, um dos mais fortes aliciantes para quem procura esta formação. Somam-se os casos de portugueses que “ganharam asas” depois de realizar um MBA e João carvalho das Neves enfatiza que “principalmente numa altura em que as oportunidades de trabalho internamente são escassas, fazer uma formação desta natureza pode fazer toda a diferença em termos de diferenciação e promoção profissional”.

O MBA, garante, “corresponde normalmente a uma alavancagem ou mudança de carreira, associada normalamente a uma valorização salarial”.

Os dados para Portugal, nesta matéria, são escassos. Mas segundo a payscale.com, um aluno de MBA com menos de um ano de experiência auferia, em média 46630 dólares (cerca de 36 mil euros) por ano, em 2012. Nesta contabilização do possível retorno do valor investido no MBA, conta muito a reputação da escola. Segundo os dados da plataforma americana de comparação salarial, o retorno do investimento num MBA de Harvard ou de qualquer uma das restante nove escolas que integram os ranking dos melhores MBA’s do mundo, continua a ser mais elevado.

Com a reputação das escolas nacionais a aumentar e a crescente indisponibilidade dos candidatos para realizarem programas a full-time, que impliquem uma licença sabática da sua atividade profissional, os portugueses que queiram investir nesta formação têm hoje a vida mais facilitada, sem precisar sair do país e com semelhantes impactos na carreira e no salário. Tanto mais que um número crescente de empresas, conscientes do impacto desta formação nos resultados do seu negócio, estão a patrocinar total ou parcialmente MBA aos seus colaboradores.

Mas se a questão financeira constitui um forte aliciante, para Sofia Salgado Pinto, diretora executiva da Católica Porto Business School, este não é o único retorno que se tira de realizar um MBA. “O MBA deve ser entendido como um investimento com um retorno muito mais amplo do que o desenvolvimento das competências técnicas”, explica a diretora da Católica Porto Business School que nos dois MBAs que detém “trabalha, a par das hard skills, um conjunto de soft skills que visam o desenvolvimento integral dos líderes do futuro”, enfatiza.

Formar profissionais para o mundo global, dando atenção às especificidades locais (de ordem económica, social ou cultural) de cada geografia é uma das grandes missões destes cursos. O retorno, explica Sofia Salgado Pinto, pode ter vária faces.

“Concluir um MBA tem benefícios mais tangíveis e dimensões menos tangíveis. Nas primeiras podemos apontar a mudança de funções, aumento de responsabilidade, mudança de emprego e as alterações salariais. De uma forma menos tangível, o retorno pode verificar-se ao nível do desenvolvimento de conhecimentos técnicos e da apropriação de ferramentas de gestão e liderança e maior autoconhecimento”, explica a diretora enfatizando que “o retorno de um MBA medir-se-á na integração destas diferentes dimensões, a par de uma experiência pessoal, familiar e social”.

Mas para Rafael Franco, diretor executivo do 13º MBA AESE/IESE, o MBA é claramente um passaporte para uma liderança mais global. Um aliciante que soma muitos pontos na decisão de frequentar o programa. “Um profissional opta por realizar um MBA para adquirir ou desenvolver os seus conhecimentos e capacidades na área da gestão empresarial de forma a melhorar o seu desempenho e alargar as possibilidades de carreira profissional”, explica diretor executivo.

Para o responsável, consoante os objetivos de cada um, é possível optar por um Executive MBA ou um Global MBA. Um e outro têm públicos distintos. “Um Executive MBA e um Global MBA têm conceitos diferentes. Se o primeiro está direcionado sobretudo a executios mais experientes (com cinco ou mais anos de carreira), o segundo assume uma componente mais internacional”, reforça. A frequência de um ou de outro, depende sempre dos objetivos de carreira de cada um.

Uma ideia corroborada por Nuno Couceiro, diretor executivo do The Lisbon MBA. Para o diretor “não podemos falar de uma altura ideal para realizar um MBA. Esta deve ser sempre ponderada segundo os objetivos de carreira de cada um e da sua experiência”. Em termos de idade, explica Nuno Couceiro, “no caso de programas não executivos, quanto mais novo se é, mais fácil será encontrar novos desafios de carreira, mudar de sector, empresa e funções. No programa part-time, a idade média é de 34 anos, com uma experiência profissional de 11 anos e no programa full-time, a idade média é de 31 anos, com uma experiência profissional de sete”. Importante é testar todas as motivações antes de avançar para o MBA.

Decisões acertadas
Identificar o programa mais adequado às suas metas profissionais é o primeiro passo e a primeira preocupação que deverá ter antes de se decidir por qualquer MBA. Há perguntas que deverá responder com clareza e rigor antes de decidir investir num programa intenso e exigente, como um MBA. Conheça as 10 perguntas chave para testar as suas certezas:

1. O MBA garante um emprego?
2. É essencial ter um MBA para progredir na carreira?
3. Que tipos de MBA existem?
4. Qual o programa mais adequado para mim?
5. Esta é a altura certa para avançar?
6. Qual é a carga horária e a duração destes programas?
7. Qual o plano do curso?
8. Quanto pode custar um MBA?
9. Como posso financiar esta formação?
10. Como devo escolher a escola?






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