Carreiras

Opinião - Preparação do profissional para a entrevista (II)



01.01.2000



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Preparação do profissional para a entrevista (II)
(06-01-2006)

Ana Luísa Teixeira
Country Manager da MRI Worldwide Portugal


Esta série de artigos pretende dar um contributo aos profissionais que se encontram numa fase de mudança de emprego. È dirigido quer àqueles que se candidataram pró-activamente a um determinado lugar quer àqueles que, não andando activamente à procura de emprego mas tendo sido abordados por um “Head-Hunter”, possam ter ficado receptivos a um novo desafio ou projecto em concreto. No artigo anterior (28-10-2005) reflectiu-se sobre o antes da entrevista, a fase do “Marketing Pessoal”. Neste artigo serão abordados os aspectos com que deverá preocupar-se de forma a estar preparado e dar o seu melhor durante e depois da entrevista.

Com que aspectos deverá preocupar-se antes, durante e depois da Entrevista?

De forma a preparar-se para a entrevista o profissional deverá preocupar-se em recolher informação sobre a empresa. A sua pesquisa deverá incidir também sobre a função que está em aberto e sobre o seu interlocutor. Conhecer bem a função para a qual foi recrutado, conhecer bem a cultura da empresa; informar-se sobre a empresa através de actuais ou ex-funcionários da mesma, sites e notícias; familiarizar-se com mercado onde actua a empresa, se este não coincide com o mercado de onde provém; familiarizar-se com os produtos ou serviços, entre outros aspectos, é crucial para uma “boa” entrevista.

Em relação a si próprio terá de t er bem presente os seus objectivos de carreira, experiência profissional, perfil de competências, performances passadas, e analise SWAT.

Um Curriculum Vitae com uma boa apresentação e formatação, de fácil leitura, sucinto mas focando o essencial e o diferenciador deverá ser facilitado na entrevista, no caso de o entrevistador ainda não o possuir.

Qual o comportamento mais adequado a adoptar durante a entrevista?

O profissional deverá apresentar um comportamento exploratório de forma a sair da entrevista com a clarificação detalhada do novo projecto. Ser persuasivo relativamente às suas capacidades para desempenhar a função é importante: falsas modéstias não ajudarão mas ter o “rei na barriga” também não! Dar exemplos de sucessos e realizações em contextos similares é sempre melhor do que falar no abstracto. Detalhe ao pormenor as suas experiências profissionais, mas sem ser maçador e sem se prender demasiado em pormenores “sem importância”. Às vezes estes são utilizados como bengala para o nosso nervosismo mas há tendência para que se tornem muito enfadonhos para o interlocutor. Sem dúvida que o comportamento passado é o melhor indicador do comportamento e desempenho futuros pelo que a objectividade só poderá ajuda-lo. Fazer perguntas inteligentes de modo a estar em sintonia com o entrevistador e que demonstrem o seu interesse pelo contexto, projectos da empresa e, se for o caso, pelo departamento em questão, ajudá-lo-ão a recolher informação preciosa para a sua tomada de decisão quanto ao interesse do projecto e também a criar um vinculo positivo com o entrevistador.

Outros aspectos importantes serão mostrar autoconfiança, ter sentido de humor, referir os aspectos positivos da empresa que constitui o seu interlocutor, ganhar o respeito do entrevistador, conhecer os produtos ou serviços prestados pela nova empresa, ser assertivo e pró-activo na entrevista.

E depois da entrevista, qual o comportamento que deverá ter?

Utilize o entrevistador/ consultor para receber “feed-back” relativamente ao processo. O Entrevistador/ consultor deve ser sempre o mediador entre a empresa e o profissional. Não tente ultrapassar o seu interlocutor pois se ele está no processo é porque a empresa tem confiança no seu trabalho e fazer “by-pass” pode sair-lhe caro, para além de ser indelicado.

Decidiu que está na hora de mudar? Prepare-se, avalie-se, posicione-se e arrisque. E quando sair da sua actual empresa não se esqueça de sair pela “porta da frente”, confiante de que fez o seu melhor pois os futuros empregadores poderão ir recolher referencias profissionais a seu respeito. A sua carreira é o rasto que deixa por onde passa. Convém que seja um rasto brilhante pois, mais tarde ou mais cedo, alguém vai falar de si a alguém…e convém-lhe que fale bem!

Tenha sempre presente que a atitude é “uma pequena palavra que faz a grande diferença” e que “o que se semeia hoje colhe-se amanhã” . A maneira como se envolve nas suas funções, tarefas e situações, a forma como resolve, ou não resolve, os problemas e os resultados que obtém é determinante para a forma como a sua carreira se irá desenvolver dentro ou fora da actual empresa onde se encontra.

Não tenha medo de arriscar pois só arriscando se cresce e evolui. Não tenha medo dos problemas pois é com eles que aprendemos. Está provado que o nosso cérebro retém melhor as aprendizagens resultantes de resolução de problemas e situações críticas. Não há crescimento e mudança sem crise, sem “dor”! O importante é como lidamos com as coisas, como tentamos resolver os problemas, como, com as nossas acções, minoramos o impacto negativo dos mesmos, como transformamos ameaças em oportunidades. Em síntese, o importante é como nos envolvemos nas coisas e o impacto positivo das nossas acções. Os profissionais “top” são aqueles que deixam uma marca de dinamismo e realizações positivas por onde passam.

Leituras de suporte: Alan Schonberg, Fundador da MRI, em “Headhunters Confidential.”, 2000, McGraw-Hill






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