Carreiras

MBA: a importância da personal brand

Ter um MBA, por si só, já não basta para conseguir emprego.



27.01.2015



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Quem o afirma é Paula Rodrigues, a responsável pelo departamento de Desenvolvimento de Carreiras e Gestão de Pessoas da Porto Business School, a escola que promove o The Magellan MBA. 

Para a especialista, num contexto profissional onde as soft skills são mais determinantes do que nunca para recrutadores e empresas, mais do que o conhecimento técnico que se retira de um MBA, é importante que esta formação possa trabalhar com os alunos as competências comportamentais que são hoje essenciais para garantir o acesso ao emprego.

Se lhe disserem que a empresa para a qual trabalha atualmente e o cargo que ocupa valem pouco aos olhos de um recrutador quando  comparados com um percurso profissional diversificado, dirá que se trata de um pensamento demasiado redutor. Contudo, para Paula Rodrigues é inquestionável que “hoje nenhum recrutador pergunta a um candidato ‘o que fazes?´mas sim o que tens feito e para quem”. Se durante décadas a qualidade de profissional era definido pela empresa onde trabalhava e pela função que exercia hoje, garante a especialista, a realidade é distinta e “um profissional podem ser muitos profissionais”, tantos quantas as funções que exerceu ao longo do seu percurso e as que poderá vir a exercer com base no seu perfil técnico. Este contexto faz com que para a gestora de carreiras, seja hoje determinante que um candidato saiba construir a sua marca pessoal (personal brand) e mostrar-se a mercado. Uma tarefa que também é, na opinião da especialista, responsabilidade das escolas.

Criar alunos que sejam “empregáveis” deve ser a missão de qualquer escola e há muitas estratégias para formar alunos “apetecíveis” aos olhos dos recrutadores. A primeira delas é levá-los a interiorizar a ideia de que na nova economia todos os empregos são temporários e que o maior trunfo que um candidato pode ter é estar, permanentemente, preparado para mudar. Isto implica, segundo Paula Rodrigues, saber promover as suas competências junto dos empregadores. E esse, assegura, não é apenas um papel dos candidatos, mas também das escolas. Foi a partir desta convicção que nos últimos sete anos a Porto Business School tem apostado em formas criativas de, anualmente, apresentar os seus alunos ao mercado. No último ano mostrou-os como se de heróis de banda desenhada se tratassem. Este anos transformou-os em empresas.

Os 25 finalistas do The Magellan MBA têm toda uma cidade virtual criada em sua homenagem, com o propósito de os dar a conhecer ao mercado e aos recrutadores – o The Magellan Valley. A plataforma, inspirada em Silicon Valley, pretende assumir-se como uma comunidade em rede, “onde as empresas poderão encontrar perfis  diferenciados e únicos”. Segundo Paula Rodrigues, “na base deste conceito está precisamente a importância do personal brand, enquanto símbolo da singularidade de cada profissional”. A especialista esclarece que perante a elevada oferta de profissionais altamente competentes, é tão ou mais determinante a preparação da marca profissional de cada um, quanto as competências que detém para um determinado cargo.

“Nesta cidade, contrariando os tradicionais currículos, os alunos são apresentados como empresas para quais estão definidos logótipos próprios e mensagens-chave, como se de marcas se tratassem”, realça a responsável pelo departamento de carreiras que confirma o interesse que a plataforma tem registado junto dos recrutadores que procuram, como explica, “não apenas conhecer o percurso dos alunos, mas o seu talento para os desafios futuros”. Além desta cidade interativa, a Porto Business School leva também as redes sociais à sala de aulas, a pensar sempre na construção de uma personal brand global dos seus alunos. “Somos uma escola global e por isso ensinamos os nossos alunos a tirar partido disto. Em Harvard há uma cadeira só para ensinar os alunos a utilizar as redes sociais para personal branding e networking. Nós trabalhamos isso com eles no nosso centro de carreiras”, realça.

Uma receita de co-promoção, “em que o sucesso dos alunos é a montra da escola e a escola um espelho desse sucesso”, que parece dar frutos. “Cerca de 50% dos alunos do The Magellan MBA estão empregados ainda antes da conclusão do curso. Ao fim de três meses a percentegem sobe para os 76% e seis meses depois há uma taxa de 100% de empregabilidade”, enfatiza Paula Rodrigues.






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