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01.01.2000



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Um mergulho no mundo financeiro da EPAL

Aos 34 anos Hélder Oliveira é director financeiro e administrativo da EPAL - Empresa Portuguesa das Águas Livres, SA. Formado em Gestão de Empresas, já trabalhou em auditoria e em consultoria em Portugal e na França. A sua meta é continuar a cumprir os desafios que a EPAL lhe proporciona.

Qual é a sua formação?
Sou licenciado em Gestão de Empresas pelo ISEG, diplomado em Estudos Superiores Europeus de Gestão pelo Groupe Ecole Supérieure de Commerce de Reims (França), pós-Graduado em Fiscalidade pelo ISG e encontro-me inscrito na OROC.

Como foi o seu percurso profissional?
Depois de concluir a formação académica em França, ingressei em 1990 na Guérard Viala (actualmente Mazars), uma empresa dec consultoria e auditoria. Na Guérad Viala desenvolvi, como "réviseur" (Senior) funções de revisão oficial de contas, auditorias contratuais e de aquisição, fusões e avaliação de empresas e consolidação nos mais variados sectores de actividade...

Regressou a Lisboa em 1993 e continuou a ser auditor da Mazars ou foi logo para a EPAL?
Tendo decidido regressar a Portugal em 1993, fi-lo ingressando na BL&C - Auditores e Consultores, gabinete em que a Mazars detinha uma participação e onde me mantive até 1998.

Como é que define a sua experiência na Mazars?
Foi uma experiência muito interessante, quer pelo rigor e método de trabalho próprio, quer pela base de trabalho e a oportunidade de contacto com diversos sectores de actividade.
Em Portugal, acresceu a possibilidade de ganhar experiência numa equipa jovem, com um elevado crescimento e tive a oportunidade de conciliar a experiência francesa com a realidade portuguesa, em diversos sectores, como as obras públicas, construção civil e turismo, entre outras.

Quando é que foi para a EPAL?
Antes de começar a minha actividade na EPAL, estive ainda na holding do Grupo EDIFER (composto na altura por quase vinte empresas),como Director do Departamento de Auditoria Interna, Consolidação de Contas e Controlo de Gestão.
Ingressei na EPAL no início de 2001, como Director Administrativo e Financeiro, uma área que, só por si, tem cerca de cento e dez pessoas no activo.

Há quanto tempo exerce o cargo de director administrativo e financeiro da Epal?
Cerca de ano e meio. A DAF, como é conhecida, é a terceira maior direcção da empresa (imediatamente a seguir às unidades de negócio), que alberga três áreas distintas: financeira, compras e gestão de stocks, e serviços gerais.

Quais são as responsabilidades e competências do cargo?
Em primeiro lugar a gestão financeira, com todas as actividades que abarca.
Quando entrei na EPAL passei também por um período em que grande parte do meu trabalho se direccionou para as tarefas necessárias à implementação do SAP R/3.
A EPAL está numa fase de modernização e, como tal, é um projecto aliciante. Existe uma vertente financeira de contas e gestão de stocks, com alterações pertinentes a efectuar e que têm vindo a ser feitas. É um trabalho interno que conta com o auxílio de auditores e consultores, mas fortemente centralizado na DAF.

Continua a apostar na sua formação, actualizando constantemente os seus conhecimentos?
Neste ano e meio que estou aqui, a formação tem sido fruto das necessidades que tenho sentido no sistema SAP. Não tenho tido, para já, tempo para pensar noutras questões, mas gostava de tirar um mestrado. Esse seria o próximo passo.

Qual é a estratégia actual da empresa no mercado?
A EPAL aposta actualmente na modernização interna, visando a prestação de um serviço de cada vez maior qualidade, de forma a valorizar o produto.
A EPAl distribui água para abastecimento público a quase três milhões de pessoas em vinte e quatro concelhos, de Ourém a Cascais e Sintra, sendo Lisboa o concelho em que a empresa procede ao abastecimento domiciliário a mais de 330.000 clientes.
Ao mesmo tempo, e numa perspectiva qualitativa, a estratégia da EPAL passa também pela criação das infra estruturas de tratamento e transporte (adução) de água, de forma a garantir as necessidades futuras de toda esta área.
Em termos internos, esta estratégia revela-se numa actualização dos processos de trabalho, designadamente na adopção de ferramentas de informação para a gestão (como o SAP e o Máximo), que determina uma grande actualização e capacidade de adaptação de todos.

Qual é a maior dificuldade que já atravessou na empresa?
Quando se chega a uma empresa que tem 133 anos e factura cerca de 25 milhões de contos por ano e tem mais de 300.000 clientes, há que ter uma grande atenção a tudo e ponderar todos os aspectos face aos desafios e exigências que nos são colocados aos mais diferentes níveis.
Quando entrei, senti a noção da grandeza e do passado que a empresa tem, o que acarreta um peso ainda maior face ao desafio que nos é proposto. A visibilidade é muita e sente-se de forma clara.
As dificuldades que senti aqui são diferentes das que passei noutros locais de trabalho, mas são típicas do foro profissional. A Direcção Administrativa e Financeira é uma área tão vasta que engloba oficinas, equipas de manutenção e a gestão de uma frota automóvel considerável.
A EPAL tem um património bastante vasto e uma localização geográfica bastante dispersa desde Asseiceira, Castelo de Bode até Lisboa e aos concelhos a ocidente da cidade, acresce um trabalho muito importante ao nível da gestão e conservação deste imenso património.
Fui tomando contacto com a realidade da empresa, adquirindo experiências específicas, ao mesmo tempo que aplicava muitos dos conhecimentos adquiridos anteriormente.
Continua a ser um trabalho muito exigente a aliciante.



CN






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