Carreiras

Histórias de sucesso



01.01.2000



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Aceitar desafios e ser bem sucedido

A sua vida tem sido preenchida por riscos e desafios. O maior, até agora, talvez tenha sido sair de Portugal, aos 26 anos, para fazer o doutoramento no Japão. As dificuldades foram muitas, até porque teve de aprender a língua, mas a experiência acabou por contribuir para o seu sucesso. Falamos de Adriano Freire, actual líder de várias empresas, entre as quais o Grupo Executivo.

Acha que teve sorte na sua carreira profissional?
Não creio que a sorte tenha sido um grande factor no meu percurso profissional. Por exemplo, o meu primeiro emprego teve uma duração total de seis meses. Na altura, o mercado financeiro já estava muito activo em Portugal, mas eu optei por uma via completamente diferente. Fui trabalhar para uma pequena empresa onde teria mais intervenção na entidade.
Aconteceu que era demasiado pequena para o progresso que eu gostaria de ter e, passado algum tempo, cheguei à conclusão de que necessitava de um desafio maior. Concorri à Vista Alegre e fui aceite. Fiz carreira e quando já estava numa posição alegre na Vista Alegre e na Universidade Católica Portuguesa, decidi abandonar tudo e aceitar o risco de fazer o doutoramento no Japão.

Como é que encarou o papel de líder no Grupo Executivo?
Foi um novo salto qualitativo na minha carreira. Já tinha sido profissional por conta de outrém e já tinha dado provas no meio académico. Agora estava a assumir um novo papel que era o de empresário e criador de empresas. Foi uma aposta e um risco.

Qual é a palavra-chave para que se consiga gerir uma empresa com sucesso?
Creio que o denominador comum é entrega ao trabalho. Gostar daquilo que se faz porque se as pessoas gostam daquilo que fazem vão procurar fazer melhor e dar sempre mais um bocadinho. E assim os resultados aparecem. Se a pessoa está naquela actividade apenas pelo dinheiro ou comodidade, não vai esforçar-se muito e os resultados não aparecem.

E como é que consegue transmitir essa ideia?
Eu procuro incutir nos meus colaboradores a noção de que não é a empresa que lhes paga o salário, mas os clientes. Portanto, se não tivermos a capacidade para, primeiro, atraiar e conquistar os clientes, depois para satisfazer e fidelizar, não há salário e futuro. É uma mensagem muito clara: estamos aqui para servir as necessidades dos clientes ou a empresa não paga salários.

É essencial haver formações dentro da carreira?
Sim. Principalmente nas pessoas de topo das minhas empresas há um incentivo claro para que se mantenham actualizados e sobretudo desenvolvam novas áreas de competências. Fomentamos muito a aprendizagem por iniciativa própria e as pessoas também percebem essa necessidade.
No Grupo Executivo, a primeira linha de liderança tem um vencimento variável, ou seja, não há salário fixo. Há uma corresponsabilização pelos resultados e por isso têm de provar no mercado e aos clientes que têm valor e mérito para ganharem mais. Portanto, as próprias pessoas é que têm de perceber o que precisam de desenvolver para continuarem a crescer profissionalmente e pessoalmente.

Qual foi o seu maior desafio profissional?
A nível académico, foi o doutoramento no Japão que foi uma experiência inesquecível pelo bom e pelo mau. Foi um processo muito duro porque tive de aprender a língua, mas felizmente foi bem superado. Consegui conclui-lo em três anos que era o mínimo. Aprendi o que valia o espírito de sacrifício e descobri em mim mesmo capacidades e força de vontade.
Profissionalmente, tivemos desafios muito interessantes colocados pelos nossos clientes e é bem provável que surjam novos e mais complexos.


TP




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