"O maior desafio é sempre corresponder às
espectativas dos clientes."
Em criança sonhava ter uma profissão
onde pudesse viajar muito. Acabou por ficar em terra firme e foi na Andersen
que aterrou. António Júlio Jorge é consultor na área
de Corporate Finance na Andersen e foi na qualidade de consultor que o
entrevistámos.
Em criança o que
é que queria ser?
Desde muito cedo lembro-me de querer ter uma profissão onde pudesse
ter muitas experiências e que pudesse viajar bastante. Só
a partir dos meus 16, 17 anos é que me lembro de ter uma ideia
clara daquilo que realmente queria ser.
Fale-me do seu percurso profissional.
Não é um percurso muito extenso, não mudei muitas
vezes de profissão. Sai da faculdade e fui trabalhar para o Ministério
das Finanças, foi uma experiência interessante, embora muito
curta, apenas 6 ou 7 meses. Após essa minha primeira experiência
profissional ingressei nos quadros da Andersen, onde já estou lá
há 8 anos.
Sentiu algum tipo de dificuldades durante o seu
percurso?
Muitas. É um pouco complicado quando uma pessoa sai do curso e
integra os órgãos da função pública.
No meu caso pessoal quando saí da faculdade tinha determinadas
expectativas e perspectivas de carreira que se mostraram mais compatíveis
com uma organização multinacional. Já na Andersen
penso que as principais dificuldades vêm essencialmente da exigência
profissional da firma o que faz com que, para mim, a maior dificuldade
seja conseguir conciliar a vida pessoal com a vida profissional.
Como é que vê a Consultoria em Portugal?
Vejo que é uma actividade que tende a crescer, aliás como
se tem verificado no passado. Penso que com o processo de convergência
da nossa economia com a restante Europa existirá cada vez uma maior
procura por serviços de consultoria especializados que tragam valor
acrescentado às organizações. Veja-se que existe
uma cada vez maior especialização em novas linhas de negócios
dentro da actividade de consultoria, sendo que hoje poderemos ter na ordem
de 10 linhas de serviço especializadas.
Em resumo penso que a actividade de consultoria é um autêntico
desafio em que as empresas requerem cada vez mais dos seus consultores
um grande valor acrescentado e um conhecimento profundo do seu negócio.
Qual foi até hoje o seu maior desafio profissional?
O meu maior desafio é sem dúvida a exigência profissional
habitual na Andersen cuja filosofia é orientada para conseguir
exceder as expectativas dos clientes.
Que conselhos daria a um jovem consultor?
Deve ter uma preocupação, em todos os seus dias de trabalho,
que é o cliente. Esta deve ser a sua principal preocupação,
pois é a razão de nós, consultores, existirmos.
Tem que ser uma pessoa com um espírito aberto, disposto a ouvir
as ideias de outros indivíduos com capacidade de as conciliar e
potenciar em soluções de valor acrescentado.
Projectos para o futuro?
Não faço planos a longo prazo. Não tenho por hábito
fazer planos para mais de um ano.
VD