Opinião

Orgulho e inclusão

Emprego: Presente e Futuro - Rui Teixeira



01.07.2022



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O estudo “Diversity at Work”, publicado pelo ManpowerGroup em 2021, mostrou que apenas 33% dos profissionais portugueses admitiam assumir a sua orientação sexual em contexto laboral. Ao mesmo tempo, mais de metade dos entrevistados afirmavam já ter assistido a comportamentos não inclusivos no seu local de trabalho.

No rescaldo do mês do Orgulho Gay, em que indivíduos e organizações se reúnem para celebrar e promover a inclusão da comunidade LGBTQI+ no trabalho e na sociedade, os números atestam a necessidade de as empresas continuarem a investir no desenvolvimento de estratégias de Diversidade, Equidade, Inclusão e Pertença (DEIB).

O impacto da pandemia no mundo do trabalho veio reavivar as desigualdades dentro das organizações, acentuando as diferenças no acesso a oportunidades para os coletivos diversos, incluindo mulheres, comunidade LGBTQI+ ou minorias raciais ou étnicas. Em resposta a este cenário, acentuou-se o foco no papel social das empresas, com os diferentes stakeholders a exigir cada vez mais transparência e ações concretas. Ações que devem criar valor partilhado para todos, com a vertente Social do ESG a ganhar mais relevo e a ter como elemento de atuação principal as pessoas e a prosperidade.

De acordo com o estudo “Who will do the work”, realizado com o Everest Group, a grande maioria das organizações globais reconhece que o reforço da diversidade e inclusão é vital para o seu sucesso a longo prazo. No entanto, a implementação destas estratégias comporta vários desafios.

A implementação eficaz de uma estratégia DEIB permite criar uma cultura de pertença em que cada colaborador sente que tem um papel central, com igualdade de acesso às oportunidades. Para que tal aconteça, os líderes devem definir objetivos realistas e ajustados ao seu contexto interno e externo, que fomentem mudanças reais no local de trabalho, compreendendo ao mesmo tempo que cada elemento da DEIB interage com os restantes.

O caminho não é linear, mas é inadiável, até porque a diversidade fomenta a atração de talento, promove a criatividade e reduz os riscos de discriminação, revelando-se por isso um fator essencial para o crescimento das empresas.










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