Opinião

O EQUILÍBRIO NECESSÁRIO

O mercado de trabalho não é o mesmo (e arrisco- me a dizer que não mais o será) e, tendo por base esta premissa, as empresas precisam de “olhar mais para si”, analisar as necessidades do seu público interno e alinhar aquilo que este procura com os objetivos do negócio...



20.05.2022



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O mercado de trabalho não é o mesmo (e arrisco- me a dizer que não mais o será) e, tendo por base esta premissa, as empresas precisam de “olhar mais para si”, analisar as necessidades do seu público interno e alinhar aquilo que este procura com os objetivos do negócio — isto permitirá encontrar o equilíbrio necessário para uma cultura empresarial forte e próspera. Os empregadores que chegarem a esta harmonia terão maior probabilidade de reter talento por mais tempo.

A chamada “nova era do mercado de trabalho” em que vivemos atualmente tem-se feito sentir em todo o mundo, onde milhões de pessoas estão a repensar a sua forma de trabalhar e de viver. Se há algumas gerações o trabalho era sinónimo de sobrevivência, hoje seria arriscado vermos as coisas nesta perspetiva.

Agora, num período “pós- -pandemia”, vemos que estes últimos dois anos foram o impulsionador de muitas mudanças que estavam apenas em stand-by. O modelo de trabalho híbrido trouxe a flexibilidade de que tantos necessitavam mesmo sem o saber. No presente, as pessoas procuram um maior equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, um salário justo, um líder em quem se possam inspirar e integridade nas empresas. Este último cada vez mais “procurado” pelos candidatos que questionam o propósito e as ações das empresas e o seu contributo para um planeta mais sustentável e para a construção de uma sociedade mais equitativa.

Além disso, já não importa só o salário — o investimento no bem-estar dos colaboradores é um incentivo importantíssimo para termos pessoas motivadas, que dão o seu “eu” mais autêntico e que promove uma cultura interna enriquecedora, potenciadora de experiências e de partilhas. Nesta linha de raciocínio, é importante haver capacidade de liderança e investir na construção de uma cultura organizacional onde as pessoas se sintam reconhecidas e realizadas, onde todos estejam alinhados para o bem comum.

No fundo, num mercado de trabalho tão competitivo como o atual, as organizações que estejam “mais perto” das suas pessoas terão vantagens na sua capacidade de atração e retenção de talento.

 

Diretora-geral da Hays Portugal










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