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Trabalho difícil

10.09.2004


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Cátia Mateus

OS JOVENS licenciados em turismo prevêem que a empregabilidade no sector será difícil. A conclusão é avançada pela Associação de Técnicos de Turismo (ATT) num relatório recentemente divulgado sobre a inserção na vida activa dos licenciados e bacharéis em turismo.

O documento - inserido num trabalho mais vasto sobre a empregabilidade do turismo na região norte do país - revela que 40% dos inquiridos consideram "pouco atraente" o acesso ao emprego no sector em Portugal, enquanto 30% o classificam de "razoável". Mas nem tudo é negativo no turismo.

Uma opinião que contrasta com o facto de 74,1% dos inquiridos pelo estudo terem emprego assegurado num regime de contrato sem termo.De acordo com o relatório da ATT, as mulheres dominam nesta área de actividade totalizando 81,5% dos inquiridos. Uma percentagem que para a associação evidencia que "os cursos de turismo são mais atractivos para as mulheres do que para os homens".

Em matéria de formação, o estudo dá também algumas pistas. A maioria dos ex-alunos inquiridos detém licenciatura nesta área, mas concluiu-a com uma média inferior a 14 valores, dificultando assim a obtenção de graus de mestrado ou doutoramento.
Em termos gerais, os dados do estudo revelam que os inquiridos avaliam de forma positiva a formação adquirida nos vários estabelecimentos de ensino superior.

Ainda assim, não deixam de apontar algumas carências ao nível da formação, nomeadamente nas áreas das Novas Tecnologias, Transportes (Aviação e Cruzeiros), Animação, Planeamento e Hotelaria.Por outro lado, "o início da carreira neste sector não é fácil para a generalidade dos inquiridos". O facto de apenas 10,2% dos profissionais só terem conhecido um emprego, revela a forte mobilidade que caracteriza o sector.

A grande maioria dos inquiridos mudou de emprego uma ou duas vezes, existindo casos de profissionais que já conheceram quatro ou cinco empregos.Todavia, 74,1% dos inquiridos encontram-se a a trabalhar e apenas 11,1% exercem funções por conta própria. Agências de viagens, hotéis, escolas profissionais e empresas de comércio são os principais empregadores dos jovens estudantes que se mostram maioritariamente (52,4%) insatisfeitos com o salário que auferem.






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