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Têxtil volta a contratar

Têxtil volta a contratar

Desde 2002 que o sector têxtil português não registava um saldo positivo em matéria de criação líquida de emprego. O último ano inverteu a tendência. Em Portugal, foram criados cerca de 3000 novos empregos nesta área, fruto de um plano estratégico de desenvolvimento e modernização que passa também por mudar a imagem que os profissionais portugueses alimentaram do sector durante décadas.

13.03.2015 | Por Cátia Mateus


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Há oportunidades de carreira no sector têxtil e são muito aliciantes. É desta forma que Paulo Vaz, presidente da Associação Têxtil e de Vestuário de Portugal (ATP), resume o processo de renovação e modernização que o sector tem vindo a consolidar. Depois de mais de uma década sem saldo positivo na criação de emprego líquido, que conduziu à perda de mais de 158 mil profissionais, entre 2002 e 2013, o sector fechou 2014 com um crescimento de 2,4% na criação de emprego que se traduz, segundo dados da ATP, numa criação estimada de três mil novos empregos, perfazendo um total de 126 mil trabalhadores diretos alocados ao têxtil e vestuário.

?“O sector têxtil e do vestuário oferece hoje carreiras interessantes para os jovens”, realça o presidente da ATP destacando a modernização que o sector consolidou nos últimos anos: “é um sector que tem futuro, muito mais do que outras atividades, atarentemente mais atrativas, mas que estão saturadas”. Nos últimos anos, explica Paulo Vaz, o sector orientou a sua mudança “através da incorporação de tecnologia e de design, apostando igualmente na intensidade de serviço, tudo para que a diferenciação do produto permitisse o posicionamento superior na cadeia de valor e encontrasse outro tipo de mercados, quer naqueles que já lhe eram tradicionais, mas igualmente em outros emergentes”. Uma evolução que foi acompanhada  de uma maior profissionalização em todas as funções e atividades do sector e que levou as empresas a reforçarem a formação dos seus quadros, aos mais diversos níveis.

?Áreas novas, como os têxteis técnicos ou funcionais, à moda e serviços de apoio à indústria tendo como foco a sua valorização ou áreas produtivas cada vez mais tecnológicas e inovadoras surgiram nos últimos anos, assumindo-se como projetos de carreira de elevada empregabilidade para os anos futuros. Uma ideia que Sónia Pinto, responsável do Modatex, o centro de formação profissional da indústrial têxtil, vestuário, confeção e lanifícios, reforça ao destacar o número crescente de oportunidades profissionais que a indústria está a gerar para profissionais qualificados e, consequentemente, a procura também crescente do centro por parte dos profissionais que procuram a qualificação certa para atuar no sector.

Ainda que Paulo Vaz enfatize que não é de prever que a criação líquida de emprego ocorrida no ano passado e que se deverá repetir este ano seja uma tendência para os próximos anos, Sónia Pinto realça que no último ano o centro registou um crescimento no número de formandos e nas horas de formação. Desde 2011, o Modatex já formou perto de 39.700 formandos, em áreas que se adequam à evolução e modernização do sector têxtil e do vestuário, como sejam o desenho vectorial, design de moda, marketing de moda, logística, controlo de qualidade, planeamento e gestão da produção e muitos outros. ?

Muitos dos profissionais que procuram o centro são desempregados em busca de uma requalificação profissional, mas ao Modatex acorrem também jovens e profissionais experientes em busca de uma reciclagem de práticas. No âmbito do projeto Formar para Empregar, o Modatex - que realiza no dia 19 um open day para dar a conhecer os seus cursos - assegurou em 2014 a colocação de 90% dos formandos que integraram o projeto. Números que não espantam Paulo Vaz que diz ter conhecimento de que “grandes empresas do sector, em diversas áreas, têm vindo a procurar pessoal altamente qualificado, nomeadamente engenheiros têxteis, tendo por vezes dificuldade em encontrar o perfil de trabalhador que procuram”. Uma situação que, garante, “piorou com a imagem menos positiva que o sector passou para a opinião pública no passado e que teve consequências na procura de cursos de formação superior”, mas que está com uma nova estratégia e uma aposta na qualificação profissional a mudar.



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