Notícias

Sindicalismo aumenta em Portugal

17.10.2003


  PARTILHAR






A TAXA de sindicalização aumentou em Portugal para 40% no ano 2000, o que representa um aumento de 10% face às últimas estatísticas disponíveis sobre a densidade sindical no país.


O número vem divulgado no último Relatório do Emprego elaborado pela Comissão Europeia.

João Proença, secretário-geral da UGT, avança que este aumento de trabalhadores sindicalizados reside em muito no crescimento do sector público na década de 90.

"Com a maior criação de postos de trabalho no sector estatal, uma grande parte dos jovens foi sindicalizada, factor que contribuiu para o elevar da densidade sindical", explica.

Todavia, aquele dirigente ressalva que as estatísticas sobre o sindicalismo em Portugal são parcas, dado que não existe nenhum inquérito periódico para monitorizar a evolução nesta área.

Graciete Cruz, membro da Comissão Executiva da CGTP-IN, advoga que esta tendência laboral tem raiz na "ofensiva contra os direitos fundamentais dos trabalhadores e ao aumento do desemprego", sublinha.

E acrescenta que o aumento de sindicalizados também advém da "persistência e aprofundamento de um modelo de desenvolvimento assente em mão-de-obra barata, precária e pouco qualificada", gerador de "desigualdades e injustiças sociais".

Por sua vez, João Proença salienta que no sector privado o comportamento da taxa de sindicalização varia de acordo com o sector de actividade.

Para este sindicalista, os da banca, da electricidade e telecomunicações são os que apresentam uma maior densidade sindical, apesar da diminuição de empregos na década de 90.

"A degradação económico e o desemprego juvenil também têm elevado o número de sindicalizados", observa aquele dirigente.

Por exemplo, Graciete Cruz refere que na CGTP-IN, no ano de 2002, mais 59.000 trabalhadores se sindicalizaram, em que 57,4% foram mulheres e 41,6% jovens.





DEIXE O SEU COMENTÁRIO





ÚLTIMOS EMPREGOS