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Serviços de apoio à família geram emprego

16.08.2007


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Maribela Freitas
A criação de empresas na área do apoio à família é apontada pela Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Ave (Andrave) como uma das hipóteses de resolução de parte dos problemas de desemprego nesta região. A ideia é sustentada por um estudo realizado por este organismo.

‘Serviços de Apoio à família — um sector de oportunidades' é o nome do estudo desenvolvido por esta associação e que já foi apresentado à comunidade local e a potenciais investidores. O seu objectivo foi o de perspectivar a evolução do mercado de trabalho no sector dos serviços de apoio à família no território do Vale do Ave, através de um estudo prospectivo às necessidades das famílias, de modo a aproximar os perfis dos desempregados neste território aos perfis profissionais desejados para o sector.

No Vale do Ave a taxa de actividade feminina é alta, o que afasta as mulheres de casa grande parte do dia. Além disso, as reduzidas taxas de escolaridade da população desempregada e que dificulta a sua empregabilidade, em conjunto com as oportunidades do sector dos serviços à família, levou a Andrave, através deste estudo, a apresentar propostas de requalificação de jovens e activos para a aquisição de competências-chave para trabalhar neste domínio.

De acordo com Paula Peixoto Dourado, directora de serviços da Andrave e co-coordenadora deste estudo, “pensamos que a economia social pode ser uma boa área para a integração profissional da população desempregada do Vale do Ave”. O estudo realizado registou por parte das famílias a necessidade de existência de serviços de apoio a idosos, crianças e portadores de deficiência e cuidados com as habitações. Por exemplo acompanhamento e apoio na deslocação de idosos e deficientes, auxílio nas tarefas domésticas, transporte de crianças e criação de salas de estudo, pequenos cuidados com a habitação, etc. Nos cuidado com a habitação, existem já alguns profissionais a executar este tipo de trabalho, mas carecem da formação mais adequada. Esse foi outro aspecto englobado por este estudo. Além da verificação das necessidades das famílias, de forma a demonstrar as potencialidades de negócio desta área, foi ainda feito um levantamento da formação existente e da que é preciso criar para provir às necessidades.

Durante a apresentação pública desta pesquisa, “saiu a ideia de constituir um consórcio que integre entidades públicas e privadas, que fomente a formação e o empreendedorismo neste sector. Acreditamos que se deve apostar na criatividade dos serviços a prestar”, explica Paula Peixoto Dourado.

Quanto aos potenciais clientes para estes negócios, a directora de serviços da Andrave explica que existem duas franjas de população no Vale do Ave. Uma delas é dotada de algum poder económico e é assim possível contratar estes serviços. Quem não o poder fazer, pode ainda socorrer-se dos apoios da segurança social. “Acreditamos que os serviços à família é um sector de oportunidades para o Vale do Ave, se se apostar na profissionalização dos serviços e na criação do seu próprio emprego”, finaliza Paula Peixoto Dourado.





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