Ruben Eiras
O GRUPO Select-Vedior, uma das maiores empresas de recursos
humanos do mercado português, viu a sua facturação
crescer cerca de 24% no primeiro semestre deste ano. Naquele período,
as vendas atingiram os 80 milhões de euros, em contraste com os
64 milhões de igual período de 2003.
Em termos de resultados operacionais, estes atingiram, no primeiro semestre
de 2004, os 2,7 milhões de euros, ou seja, um crescimento de 4%
quando comparado com o mesmo período de 2003. "Estes resultados
foram considerados muito positivos, tendo em vista a conjuntura actual,
onde o peso da informalidade e da economia clandestina e paralela constitui,
cada vez mais, um factor de concorrência desleal e feroz, corroendo
progressivamente todo o tecido económico e social", comenta
Mário Costa, director-geral do Grupo.
Face à situação que actualmente é vivida na
Inspecção-Geral do Trabalho, para o qual ainda não
foi designado um novo inspector, Mário Costa advoga que a nova
pessoa a ocupar o cargo deverá ser "um profissional de
gestão e não um juiz". Isto porque, segundo aquele
responsável, um magistrado só funciona "segundo
teorias e não conhece a realidade prática" que
se vive em vários sectores da economia nacional.
Mário Costa salienta ainda que, para combater a ilegalidade e aumentar
a flexibilidade laboral, o governo deveria apostar numa boa lei para o
trabalho temporário.