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Retribuição variável ganha terreno

01.02.2003


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João Barreiros

AO CONTRÁRIO do que acontece na Função Pública, os trabalhadores do sector privado poderão alcançar este ano um aumento salarial aproximado à inflação, beneficiando ainda do comportamento das empresas em que se encontrem.

Para saber consulte o sítio do Hay Group

De acordo com um estudo realizado pelo Hay Group com base nas expectativas de cinquenta das maiores empresas instaladas em Portugal, o aumento automático parece ter os dias contados, estando a ser substituído por retribuições variáveis relacionadas com a "performance" alcançada.

Segundo Luís Reis, "managing partner" do Hay Group, as empresas estão cada vez menos interessadas em compromissos financeiros de longo prazo, e por isso "preferem fazer depender as remunerações dos resultados, e evitar as que ficam para toda a vida".

No caso português, trata-se de uma mudança substancial em termos de política remunerativa, que deriva da própria alteração da forma de pensar dos gestores: "Hoje o enfoque é no sentido de tentar atingir determinados objectivos. E definem-se cada vez mais indicadores de 'performance' que as empresas tentam alcançar", acrescenta aquele responsável.

Para este ano, a consultora prevê que a maior parte das empresas limite os aumentos no salário-base, preferindo melhorar a componente variável. Desta forma os executivos poderão conseguir ganhos de cerca de 4,5%, o mercado geral 3,3% a 4,1%, enquanto que na contratação colectiva os aumentos poderão ser entre os 2% e os 3,3%.

Estudos internacionais elaborados pelo Hay Group mostram que cerca de 90% das empresas mais admiradas (no "ranking" da "Fortune") desenvolveram ou utilizam sistemas de gestão de desempenho. A tendência é cada vez mais para pedir aos colaboradores um envolvimento maior, o que facilitará a concretização prática da estratégia da empresa.




 


 





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