Retalho lidera recrutamento
Ao contrário do que a economia nacional parece evidenciar, ainda há em Portugal sectores imunes à crise e onde há necessidade de profissionais qualificados. Retalho, grande consumo, seguros e eletrónica de consumo são, segundo um estudo agora divulgado pela consultora Page Personnel, dos mais dinâmicos no recrutamento.
29.12.2011 | Por Cátia Mateus

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Apesar do mercado laboral nacional estar a sofrer algum clima de incerteza, ainda existem possibilidades de emprego em Portugal. Há sectores que continuam a recrutar e até profissões e funções que resistem à crise, apresentando uma taxa de sucesso e crescimento profissional. Quem o diz é Sílvia Nunes, executive manager da consultora Page Personnel Portugal que agora divulgou um estudo sobre os sectores que dão emprego no país.
O retalho, o grande consumo, a eletrónica de consumo e os seguros são os sectores que mais estão a recrutar em Portugal, sendo que os técnicos financeiros para seguros, os comerciais, os técnicos comerciais e os gerentes de loja são, nos dias que correm, as funções que registam maior saída profissional no momento. Estes sectores de oportunidade surgem listados no estudo da Page Personnel e levam a diretora executiva da empresa a concluir que “mesmo numa conjuntura económica de contenção e incerteza, Portugal ainda regista níveis de empregabilidade fortes em algumas áreas de atividade e sectores que continuam a recrutar com bastante saída profissional”.
Sílvia Nunes não nega que a taxa de desemprego do país é elevada e que a conjuntura é de tremenda adversidade mas acrescenta que “apesar de Portugal ter vindo a registar níveis de desemprego crescentes no último ano, o mercado laboral português apresenta algumas tendências de empregabilidade que contrariam a situação financeira adversa que se tem vindo a fazer sentir um pouco por todo o mundo”.
O estudo analisou ainda os cursos com maior saída profissional, constatando que “existem cada vez mais pessoas com formação superior a ingressar em sectores como o retalho, onde existe atualmente uma boa dinâmica de recrutamento”. Este é de resto um dos sectores que está a investir no reforço das suas estruturas com técnicos de suporte ao negócio e estruturas comerciais segmentadas por canal.
Sílvia Nunes enfatiza ainda o facto do retalho ser um sector aliciante em matéria de oportunidades também pelo facto de ser um segmento com rotatividade de funções “o que promove, em grande parte, novos recrutamentos e a abertura de novas oportunidades de emprego e crescimento profissional”. Este é, de resto, um dos sectores que segundo a especialista regista também maiores oportunidades de progressão na carreira e onde um profissional demora em média três anos a alcançar uma promoção dentro da empresa.
Para a especialista da Page Personnel, o negócio das empresas, talvez fruto da incerteza económica, está cada vez mais orientado para os resultados de curto e médio prazo. “Entre formações técnicas, especializações, mestrados e MBA, candidatos e empresas têm vindo a apostar cada vez mais nas competências e no talento profissional”.
E em tempo de novo ano, o país está já de olhos postos em 2012. Quando a crise é grande e as oportunidades são escassas, aos candidatos resta um cuidado redobrado na forma como abordam o mercado em buscar de um emprego. A regra é não desperdiçar oportunidades. E para o próximo ano já se vislumbram algumas.
A portuguesa SISCOG, uma das mais antigas exportadoras tecnológicas nacionais, está a recrutar colaboradores e a tendência deverá manter-se no próximo ano, já que a empresa anunciou a intenção de se expandir aos mercados da China, Índia e Brasil. Segundo o administrador da empresa João pavão Martins, “a empresa tem neste momento a decorrer vários processos de recrutamento para technical writer, software tester e software engineer”. Aaté ao final do primeiro semestre de 2012 a SISCOG deverá integrar mais 10 pessoas, mas dependendo do número de novos projetos com clientes, o número poderá duplicar.
Em Setúbal também estão a nascer oportunidades. A primeira pedra para a construção do novo centro logístico da Decathlon foi recentemente colocada e a nova estrutura deverá estar totalmente operacional em outubro do próximo ano, altura em que terá capacidade para gerar na região 420 novos postos de trabalho diretos e cerca de 500 indiretos. A Decathlon tem já 22 lojas em território nacional, empregando 1200 funcionários, e 600 no mundo inteiro. No novo centro logístico nacional serão investidos 30 milhões de euros e estrutura trará dinamismo e competitividade à região.
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