Fernanda Pedro
UM NOVO Centro de Formação Profissional foi
criado mesmo no coração do Parque das Nações,
em Lisboa.
A Restart - Escola de criatividade e novas tecnologias, pretende afirmar-se
como um espaço de formação e animação
nas áreas da imagem, som, interactividade e eventos.
Para Miguel Valverde, responsável pela comunicação
e programação de eventos da Restart, esta é uma escola
que quer fazer algo diferente no âmbito da formação
no que diz respeito à área de Multimédia.
"
Verificou-se que nas outras escolas existentes, a criatividade
e a técnica não se interligavam e como é fundamental
a junção destas duas vertentes, decidiu criar-se uma escola
que as unisse", explica.
De acordo com este responsável, a formação ministrada
no país nesta área não tem sido criativa e isso reflecte-se
nas produções nacionais, quer ao nível do cinema
quer da televisão, "
faltava por isso dar o salto".
A Restart, para além do leque de especialidades que oferece, irá
iniciar uma nova área de formação inédita
em Portugal, a de eventos. "
Vamos inovar e dar aos nossos alunos
uma nova perspectiva desta disciplina", refere Miguel Valverde.
Os cursos têm uma duração entre as 280 e 300 horas
e são os seguintes: realização, animação
e grafismo, argumento para audiovisuais e multimédia, produção
e "marketing" audiovisual, câmara e iluminação
para audiovisuais, pós-produção de audiovisuais e
profissionais de audiovisuais.
Além destes, a Restart oferece ainda cursos de som, produção
de "marketing" de espectáculo, profissional de espectáculos,
produção e "marketing" musical, "design"
gráfico e multimédia, criatividade publicitária e
produção de "marketing media".
As habilitações mínimas exigidas para frequentar
o Centro Profissional, é o 12º ano de escolaridade. Mas na
opinião do responsável da comunicação, a formação
será essencialmente procurada "
pelos licenciados, não
só para tirar uma especialidade como também pelos profissionais
que procuram adquirir novas competências".
Miguel Valverde esclarece ainda que a escola irá realizar uma avaliação
dos seus alunos de uma forma diferente: "
iremos delinear um perfil
aos nossos formandos para quando procurarem um lugar no mercado de trabalho
tenham já destacadas as áreas que dominam".
Para uma escola que só irá iniciar a formação
no próximo ano lectivo, a adesão tem sido muito positiva,
garante o responsável, "
para os 200 alunos que esperamos,
já temos mais de metade de inscrições".
Contudo, Miguel Valverde explica que o projecto da Restart não
passa só pela formação profissional mas pretende
também ser uma escola cultural.
"
Vamos fazer deste centro um espaço de cultura. É
por isso que iremos realizar durante todo o ano, mostras e exposições.
Além disso, temos uma mediateca que servirá não só
os alunos da escola como o público em geral", revela o
responsável.
Mas enquanto não chega o ano lectivo, a Restart vai promover durante
o Verão, vários "workshops", "
uma forma
de mostrar todas as áreas que vamos leccionar".
Já este mês irá realizar-se um sobre escrita criativa.
Nos meses seguintes contam-se com os de vídeo "jamming",
de operação "steadycam" e de introdução
à imagem em película.
Segundo Miguel Valverde, esta é uma área onde os profissionais
ainda não têm muita dificuldade em ingressar no mercado de
trabalho. Todavia, o momento de crise que se vive também tem trazido
instabilidade ao sector. "
Os mais criativos serão os que
mais facilmente vencerão no mundo laboral", conclui.