É um dos principais detetores de empreendedores tecnológicos do país e já soma quatro edições, inspirando-se num modelo que nos últimos 25 anos tem distinguido os melhores e mais inovadores projetos tecnológicos nos Estados Unidos. Depois do sucesso alcançado nas três edições anteriores - onde os semi-finalistas já criaram 120 postos de trabalho, assegurando capital na ordem dos 15 milhões de euros em investimento -, o Building Global Innovators está de regresso e quer até 31 de maio, data limite das inscrições, superar as 132 candidaturas registadas na última edição.
Lançar e apoiar start-ups, focadas na comercialização de produtos ou serviços tecnológicos inovadores e baseados em modelos de negócio escaláveis, é o principal objetivo desta iniciativa internacional de empreendedorismo. O concurso admite candidaturas de startups e spin-outs com menos de cinco anos de vida e um volume de faturação que não exceda os 2,5 milhões de euros. Os candidatos podem submeter os seus projetos a avaliação em quatro categorias tecnológicas distintas: Health Tech, Smart Cities, Tecnologias de Informação e Internet e, Produtos e Serviços de Consumo. Na categoria de Health Tech, enquadram-se projetos ou empresas relacionados com biotecnologia, terapêuticas, dispositivos médicos, bio-materiais, cuidados de saúde com aplicações tecnológicas e dispositivos médicos. Na categoria de Smart Cities o enfoque reside nas cidades inteligentes e cabem conceitos como as energias limpas e renováveis, tecnologias reativas bioquimicas e outras. As Tecnologias de Informação enquadrarão todos os projetos ou empresas da economia digital e IoT (Internet of Things), empenhados em facilitar a vida pessoal e profissional dos individuos através da oferta de soluções tecnológicas e de informação, bem como em modelos cloud-based, web e mobile, Nos Produtos e Serviços de consumo, a prioridade vai para detetar projetos e empresas promissores que satisfaçam necessidades dos consumidores, utilizando desde novos materiais tecnológicos a aplicações high-tech.
A quarta edição desta competição tem como parceiros o Deshpande Center for Innovation, o The Martin Trust Center for MIT Entrepreneurship e o Grupo Caixa Geral de Depósitos, através do seu braço de capital de risco, Caixa Capital, que em conjunto premiarão as quatro empresas e equipas mais promissoras em cada uma das quatro áreas a concurso. A organização do certame encoraja as candidaturas provenientes dos vários agentes do ecossistema científico nacional, como grupos de investigadores oriundos de politécnicos, universidades e outras instituições ligadas à investigação, públicos ou privados, dedicados ao desenvolvimento de projetos empresariais de base tecnológica, cujas tecnologias possam gerar negócios globais.
Para Luís Reto, reitor do ISCTE-IUL, um dos promotores, “este projeto foi desenvolvido tocando em três eixos fundamentais: empreendedorismo qualificado, empregabilidade e internacionalização”. O reitor acrescenta que a meta é “estimular o desenvolvimento de ideias com potencial para gerarem negócios escaláveis além fronteiras, assim como promover o efeito de rede, ou seja, a ligação entre empreendedores e investidores internacionais”. Já Paulo Ferrão, diretor nacional do MIT Portugal, enfatiza que “o lançamento da quarta edição desta venture competition vem reforçar o empenho que o Programa MIT Portugal tem vindo a colocar no empreendedorismo tecnológico, através da investigação aplicada que tem vindo a ser desenvolvida pelas universidades portuguesas, em cooperação com o MIT”. Paulo Ferrão reforça ainda que “estas atividades visão promover a criação de produtos e serviços inovadores, possibilitando melhorar a capacidade tecnológica do tecido empresarial nacional, bem como promover a criação de novas empresas que possam competir em mercados internacionais”.