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Prevenir a sinistralidade

Está em curso uma campanha para divulgar boas práticas na segurança laboral
09.06.2006


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Maribela Freitas

A ASSOCIAÇÃO Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego (APESPE) acaba de lançar uma campanha para promover as boas práticas de prevenção e segurança no destacamento de trabalhadores temporários. Esta acção vai decorrer até Outubro e envolve as empresas que cedem trabalhadores, as que os utilizam — nos sectores da construção civil e obras públicas, grande distribuição e indústria, onde a sinistralidade laboral é mais elevada — e conta com o apoio do Instituto para a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (ISHST).

A campanha arrancou na passada quinta-feira, na FIL. Aqui foi apresentada a ficha de adesão à iniciativa que inquire as empresas sobre as práticas de prevenção e segurança no trabalho. As que aderirem a esta iniciativa — têm até 18 de Junho para o fazer — serão posteriormente visitadas por técnicos do ISHST que verificarão as práticas.

Estas visitas visam a conferência de dados recolhidos e terão um objectivo didáctico, informativo e preventivo. «A adesão é voluntária e os dados recolhidos não terão um intuito inspectivo nem serão transmitidos a terceiros», como refere Marcelino Pena Costa, presidente da APESPE. Após esta fase as empresas que tiverem boas práticas reconhecidas serão convidadas a apresentá-las num seminário a realizar em Julho. No final da campanha, em Outubro, será divulgado um manual de boas práticas a todos os participantes e atribuído um certificado às empresas que contribuíram para a redução da sinistralidade e mortalidade laboral.

De acordo com dados da Inspecção-Geral do Trabalho, até 31 de Maio deste ano ocorreram 53 acidentes de trabalho mortais. «Ao envolver as empresas nesta campanha será mais fácil sensibilizá-las e criar uma consciência a médio prazo para a importância destas questões», salienta Marcelino Pena Costa.

Para Jorge Gaspar, presidente do ISHST, «é de louvar a iniciativa da APESPE que vai sensibilizar as empresas para estas matérias e dar a oportunidade de corrigir as práticas através do manual que será distribuído». O responsável acrescenta ainda que a segurança, saúde e higiene no trabalho deve ser vista como um investimento por parte das empresas e não como um custo adicional.

«A aposta deve-se centrar cada vez mais na qualidade. As empresas que o fizerem ganharão no futuro»
, frisa. Quanto à adesão do público-alvo a esta campanha de sensibilização, tanto Jorge Gaspar como Marcelino Pena Costa estão optimistas.





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