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Portugal lidera integração de temporários

Portugal lidera integração de temporários

A imagem que os portugueses têm do Trabalho Temporário (TT) está a mudar. Durante anos esta modalidade contratual, ainda que legal, foi associada a emprego precário e indiferenciado. O cenário mudou. Nos últimos anos, o TT e tornou-se para muitos uma porta de entrada para o emprego permanente. Segundo um estudo da consultora de recrutamento Page Personnel, Portugal supera já a média global de contratação após trabalho temporário.

07.02.2014 | Por Cátia Mateus


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Nos  últimos 12 meses, um em cada quatro profissionais portugueses (25,8%) receberam uma proposta integração permanente na empresa, após terminarem um contrato de Trabalho Temporário (TT). Os dados constam de um levantamento realizado pela consultora de recrutamento Page Personnel, especializada na integração profissional de quadros intermédios e funções técnicas de suporte, que revela ainda que a média nacional de integração de quadros temporários é superior à apurada a nível global pelo estudo, 23,1%.

Silvia Nunes, executive manager da Page Personnel, reconhece que apesar de legal, o TT nem sempre foi visto com bons olhos entre os portugueses. Ao contrário de paises como França, onde esta é há muito uma dsa principais formas de contratação, no mercado nacional foi necessário percorrer um longo caminho até que 47,1% dos portugueses pudessem assumir que veem o trabalho temporário com bons olhos. Aqui, a média nacional significativamente abaixo dos valores médios globais (58,1%), mas a responsável da Page Personnel diz acreditar que “estamos a fazer progressos”. Os avanços alcançados até aqui estão sobretudo sustentados numa redefinição do conceito de trabalhador temporário e no facto dos profissionais temporários serem cada vez mais qualificados e especializados.

Há dois anos que a Page Personnel está centrada no recrutamento para trabalho temporário especializado. “Trouxemos para Portugal algo que já se fazia noutros países onde estamos presentes, mas que também já se existia cá, promovido por outras empresas”, explica Silvia Nunes. A adesão dos profissionais e das empresas, impulsionada ou não pela conjuntura nacional, foi grande. Hoje, o perfil destes “especialistas-temporários” é vasto. “Há de tudo, desde jovens para funções administrativas que exigem conhecimentos técnicos até perfis mais seniores, em áreas tão diversas como a financeira, marketing, recursos humanos, comerciais, informática ou tecnologias de informação”, refere a executive manager da Page Personnel.

Confirmando que um número crescente de profissionais portugueses estão a encarar o TT como uma porta de entrada para o mercado laboral, Silvia Nunes revela de acordo com o estudo agora divulgado, “82% dos portugueses em regime de trabalho temporário identificam como principal motivação o acesso ao emprego num período de instabilidade económica, 78,7% acreditam que este regime permite desenvolver competências profissionais e, 76,9% pretendem desenvolver uma rede de contactos profissionais”. Entre as motivações também apontadas figuram ainda o acesso a formação profissional (62,4%), a possibilidade de aumentar as hipóteses de encontrar emprego permanente (59%) e um melhor equilíbrio entre a vida pessoal e profissional (32,9%).”As motivações que levam os profissionais portugueses a procurarem o trabalho temporário são muito semelhantes às identificadas em países como Luxemburgo, França, Reino Unido, ou até Estados Unidos. São sobretudo o acesso ao emprego e poder continuar a desenvolver competências dentro da sua área profissional, para mais hipóteses de um contrato permanente no futuro”, explica a responsável.

Para Silvia Nunes, o trabalho temporário deve ser encarado, simultaneamente, como uma fase e uma oportunidade na vida profissional. A especialista relembra que  em Portugal mais de um em cada quatro profissionais temporários acabam por conseguir um contrato permanente na empresa. Para garantir este carimbo de entrada, a líder da Page Personnel aconselha os profissionais a definirem uma estratégia clara de atuação na empresa onde estão a prestar serviço. “Ajudará que os profissionais assegurarem exemplarmente as suas funções, superem as expectativas das chefias e tenham um bom relacionamento com a equipa”, explica. A partir daqui, as oportunidades podem surgir. O estudo da Page Personnel analisou 17 países, entre os quais Portugal.



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