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Portugal entre os principais fornecedores de mão-de-obra

Os profissionais portugueses estão a ganhar cada vez mais expressão no mundo. Com os índices do desemprego nacional a baterem constantes novos records, o país já figura nos rankings de muitos congéneres europeus, como um dos principais fornecedores de mão-de-obra. Na Alemanha, por exemplo, o número de trabalhadores portugueses aumentou 6% num ano. A percentagem poderia ser superior, não fosse a limitação da língua.
24.08.2012 | Por Cátia Mateus


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Portugal é o terceiro maior fornecedor de mão-de-obra para o mercado alemão. A conclusão resulta de um estudo realizado pela agência federal alemã que dá conta de um aumento significativo de trabalhadores dos países do sul da Europa no país. Segundo o estudo, que apresenta dados relativos a maio deste ano, há mais 6% de trabalhadores estrangeiros na Alemanha do que havia em 2011. A tendência é para que a percentagem aumente.
Em oito anos, a Alemanha necessitará de recrutar para as suas empresas cerca de 800 mil trabalhadores extra, só para conseguir responder às necessidades do país em matéria de saúde. Se a esta estatística, resultante de estudos oficiais, juntarmos o recrutamento de engenheiros que em Portugal tem particular expressão, o número dispara. Não há dúvidas de que a Alemanha é um dos principais recrutadores de profissionais portugueses altamente qualificados. Uma aposta que deita por terra até as dificuldades linguísticas.
Enfermeiros, engenheiros, gestores, professores, arquitetos, profissionais das tecnologias de informação. São inúmeros os portugueses que rumaram a este país nos últimos anos. E se o número parece significativo, a verdade é que não chega para as necessidades do país.
Se dúvidas houvesse sobre a carência de mão-de-obra na Alemanha, o recente programa de recrutamento lançado pelo Governo local, clarificaria o cenário. O Executivo alemão criou online uma página - em www.make-it-ingermany.com - onde disponibiliza não só vagas em empresas germânicas, como divulga todas as informações que um estrangeiro necessita de ter para trabalhar no país, num convite claro a aposta em terras alemãs. Através do site é possível encontrar um guia para candidatura e milhares de oportunidades de emprego disponíveis, incluindo as divulgadas pelo instituto federal alemão, que são mais de 400.55.600 portugueses na Alemanha

Segundo o levantamento realizado pela agência federal alemã, no mês de maio, a maioria dos trabalhadores estrangeiros instalados no país eram sobretudo italianos (232.800) e gregos (117 mil). Em terceiro lugar no ranking surgem os portugueses que são já 55.600 em território germânico.
Segundo a revista Der Spiegel, citada pela agência, “a análise não separou os trabalhadores recentemente instalados e os que já estariam na Alemanha ainda antes da crise que tem afetado as economias dos países do sul”. Razão pela qual o número pode ainda ser significativamente superior. Para aquele organismo federal, a subida das taxas de desemprego em quase todos os países do sul da Europa está na génese destes resultados e da procura da Alemanha como destino. Portugal, Espanha e Grécia tem vindo a atingir taxas de desemprego astronómicas e a opção pela Alemanha foi também reforçada pelas notícias que recentemente vieram a público dando conta da carência de profissionais no país.
As empresas alemãs estão cada vez mais a recorrer aos mercados internacionais para recrutar profissionais qualificados. De Portugal têm partido sobretudo enfermeiros, engenheiros e informáticos.

Outros países e oportunidades

Canadá quer recrutar 400 operários
Portugal vai receber uma missão de recrutamento do Canadá, com a missão de contratar em território nacional cerca de 400 trabalhadores ligados à construção civil. O Sindicato dos Trabalhadores da Construção português vai promover em seis regiões do país, de 30 de agosto a 14 de setembro, sessões de esclarecimento para os profissionais interessados em trabalhar no Canadá. Albano Ribeiro, líder do sindicato adiantou já que a estrutura que lidera estará atenta às condições dos contratos a celebrar. Segundo o sindicalista, os trabalhadores poderão ganhar salários próximos dos 5500 euros mensais, em contratos de dois anos. “O recrutamento começa por Toronto e vai chegar a todo o Canadá”, explica Albano Ribeiro adiantando que os operários contratados poderão levar a sua família após os três primeiros meses de atividade e terão alojamento garantido. Segundo dados do consulado, no ano passado, emigraram para o Canadá 9300 portugueses que assim se juntaram aos 139.911 que já habitavam o território.

Arábia Saudita quer mulheres nas empresas
A Arábia Saudita quer aumentar a participação das mulheres, nacionais e estrangeiras, no mercado de trabalho. Para isso, está a projetar uma cidade industrial só para mulheres. O objetivo do Governo de Riade é fomentar a integração das mulheres nas empresas, concedendo-lhes maior independência financeira, sem interferir com os restritivos costumes do reino. O complexo deverá nascer perto de Holuf e surge na sequência da intenção já manifestada pelo Governo de que as mulheres tenham um papel mais interventivo no desenvolvimento do país. Segundo um estudo realizado pela consultora Booz and Co., apesar de mais de metade das licenciadas do país serem mulheres, cerca de 78% não aplica no mercado o seu grau académico porque não se encontra a trabalhar. Recorde-se que pela primeira vez este ano, atletas sauditas foram autorizadas a participar nos jogos olímpicos.


Comissão Europeia abre vagas para estágios

São estágios, mas remunerados e possibilitarão aos selecionados um primeiro contacto com a realidade de uma carreira internacional. A Comissão europeia tem a decorrer um concurso para a contratação de estagiários, por períodos de três a cinco meses, para candidatos com formação nas áreas do Direito, Ciência Política, Relações Internacionais e Economia. Os candidatos selecionados vão integrar, a partir de março, as áreas de tradução e administração da estrutura europeia. Com as candidaturas a decorrer até 31 de agosto, a CE exige aos proponentes a licenciatura concluída e conhecimentos de pelo menos duas línguas, sendo que uma delas terá de ser, obrigatoriamente, inglês, francês ou alemão. Para os cargos ligados à administração a remuneração mensal será de 1047,55 euros e para a tradução 950 euros. As candidaturas decorrem no site da Comissão Europeia.



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