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Para onde muda quem está no topo?

Para onde muda quem está no topo?

Para muitos candidatos a emprego, sejam eles de 'primeira viagem' ou mais seniores e em busca de um novo desafio de carreira, a procura de emprego é muitas vezes norteada pela reputação ou notoriedade das empresas. Mas uma pesquisa recente da Anthology e da Fast Company demonstra que escolher o futuro emprego, exclusivamente com base nestes critérios, pode não ser a melhor opção.

27.11.2015 | Por Cátia Mateus


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O que conta para si quando pondera uma candidatura a emprego ou uma mudança de carreira? Na escolha da sua próxima etapa profissional é mais relevante a reputação que a empresa tem no mercado ou os benefícios que confere em termos de conciliação trabalho-familia? Estaria disposto a mudar de cidade ou até de país por um salário mais elevado, ou o critério “remuneração” não é assim tão determinante na sua ponderação? Valoriza mais o estímulo e a adrenalina de uma startup em fase de arranque ou a segurança de uma empresa com provas dadas no mercado? Muitos são os fatores que podem (e devem) pesar num momento de ponderação de caminhos profissionais. A plataforma americana de recrutamento Anthology estudou-os e analisou as preferências dos profissionais da área tecnológica, uma das mais dinâmicas na contratação a nível global, na hora de delinear uma estratégia sobre a próxima etapa da sua carreira.?

Os 1500 profissionais analisados pela Anthology trabalham em empresas tecnológicas que muitos considerariam “de sonho” - como a Google, Microsoft, Amazon, IBM, Oracle e Apple -, estão habituados a ritmos de trabalho desafiantes, inovadores e exigentes, num mercado em acelerada mutação. Mas nem por isso deixam de se sentir estimulados por novos desafios, nem sempre em empresas tão reconhecidas como as que atualmente integram. O que leva um profissional da Apple ou da Google a render-se aos encantos de uma startup e à incerteza que os negócios em fase de arranque comportam? Muita coisa, garante a consultora de recrutamento. ?

A tendência demonstra que no sector das tecnologias de informação, a maioria dos processos de candidatura a emprego é orientada pela ambição de integrar uma empresa de topo, reputada e com posição sólida no mercado global. Contudo, um estudo recente do PayScale demonstra que é nas tecnológicas listadas na Fortune 500 que se regista as maior taxa de rotação de profissionais. Em média, um profissional permanece cerca de três anos nestas empresas. O que os faz procurar outras oportunidades? Para cerca de 50% dos profissionais do sector questões como a satisfação, o salário e o equilíbrio carreira-família, ditam todas as decisões. A questão é onde consegue encontrar o que as empresas de topo, aparentemente, falham em proporcionar a curto-médio prazo.

Segundo o estudo da Anthology, os profissionais das maiores tecnológicas têm prioridades distintas, mesmo que trabalhem na mesma função. Na Apple, por exemplo, a história da companhia (fundada a partir do espírito empreendedor de um visionário) não inspira os profissionais a assumir o risco como um elemento natural na escolha de uma nova etapa de carreira. Só 28% dos funcionários deixariam a empresa para integrar uma startup, mas 62% ponderariam sair para uma empresa sólida ou para integrar uma organização do sector público.

Na Amazon, ainda que com percentagens distintas, o cenário não é muito diferente: 74% sairiam para uma empresa pública (um número semelhante ao verificado entre os profissionais da Microsoft) e só 35% arriscariam uma startup em fase de arranque. ?Foi na Microsoft e na IBM que a Anthology identificou os profissionais mais avessos ao risco e “os menos aventureiros de todos”. Em ambas as empresas a tendência dominante é para mudar apenas para desafios em que o facto estabilidade seja em muito superior ao risco. A contrastar com este posicionamento estão os profissionais da Google, os mais arrojados e aventureiros na hora da mudança. Entre eles, a primeira opção é mudar para uma startup (73%) e abraçar o risco como um desígnio e um estímulo de crescimento.



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