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Paex forma para a competitividade

O Paex, programa de parcerias para a excelência já chegou a Portugal e vai formar os gestores de nove organizações nacionais para que estas possam tornar mais competitivas as empresas onde operam.
17.10.2008


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Cátia Mateus
Fruto de uma aliança entre a Escola de Gestão do Porto (EGP) e a Fundação Dom Cabral, o programa 'Paex - Parceiros para a Excelência' chegou a Portugal e vai formar gestores de topo de nove empresas nacionais. No Brasil, onde foi criado, este programa envolve mais de 280 empresas, 1200 executivos e 65 mil colaboradores, permitindo que as empresas onde estão inseridos totalizem facturações na ordem dos 3,3 mil milhões de euros.

A escola de negócios brasileira onde o Paex está inserido figura no "ranking" mundial das 20 melhores escolas para formação de executivos do 'Financial Times', e entre as 100 empresas que no ano passado mais cresceram no Brasil, 15 estão envolvidas no Paex. Estes benefícios estão agora ao alcance dos executivos e gestores portugueses, que passam a ter acesso a uma formação de topo no campo da gestão.

Este programa destina-se exclusivamente a pequenas e médias empresas (PME) e tem como meta permitir que as empresas que facturam entre os 10 e os 50 milhões de euros acedam a ferramentas de gestão que lhes possibilitem aumentar a competitividade nos mercados em que operam e fortalecer a facturação.

Na essência, o Paex actua em três campos distintos: a formação, a consultoria e a criação de redes de contactos (o vulgar "networking"). Através do intercâmbio de experiências e da troca de professores e alunos de ambas as instituições, a EGP quer auxiliar as pequenas e médias empresas a redefinirem as estratégias de gestão e a reestruturarem os processos utilizados, apontando para áreas que possam vir a ter maior impacto nos resultados.

Numa recente deslocação a Portugal, por ocasião da assinatura do acordo com a EGP, Emerson Almeida, "dean" da Fundação Dom Cabral, desafiou os executivos das PME portuguesas a "tentar o impossível na condução dos seus negócios e a desenvolver a paixão pela perfeição". O especialista destacou a curta longevidade das empresas brasileiras (8,5 anos) quando comparadas com as europeias e apontou a 'paixão pela perfeição' como alavanca de crescimento e garantia de sobrevivência.

Emerson Almeida referiu que "as empresas devem estar compulsivamente viradas para fazer cada vez melhor, colocando o enfoque em crenças e valores em detrimento dos resultados, mobilizando os recursos humanos com base numa política de integração e valorização dos mesmos, partilhando conhecimento, crescendo com as crises e preparando-se para o futuro".

A Fundação Dom Cabral realiza este projecto na América Latina há cerca de 15 anos, em vários núcleos distintos quer no Brasil quer no Paraguai, Chile, Argentina, Equador ou Peru. Em Portugal, a Tintas Barbot, a APDL, a Lipor, a Adira, a Jocilma, o Grupo Celeste, a Sardinha & Leite, a Ferreira Marques & Irmão e a Móveis Viriato serão as primeiras empresas a estrear o 'Parcerias para a Excelência'. O programa terá, por cá, uma duração de três anos. Um período de tempo que Emerson Almeida facilmente estenderia a "uma vida", como refere, lembrando que no Brasil há executivos que acompanham o Paex há dez anos.





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