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Os mais procurados entre os temporários

14.03.2008


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Marisa Antunes

Os profissionais temporários com maior procura, neste momento, são os operadores de «call-centers», auxiliares de armazém, promotores de produtos (para o retalho), operadores de máquinas e operadores de peças em série. A análise é feita pela directora-geral da Multitempo, em jeito de balanço, na semana em que a empresa de recrutamento, associada da Rh Mais, celebrou 13 anos de existência. A especialista falou das tendências do mercado e do impacto da nova legislação para o sector do trabalho temporário.

“A sazonalidade marca os sectores de actividade e, actualmente, é a indústria que está com um maior dinamismo no recrutamento. O planeamento das encomendas efectuado, por regra, no último trimestre do ano, está agora a reflectir-se na necessidade de mais pessoas para a produção, uma procura que se prolonga até Maio, Junho”, explica Isabel Borges.

O comércio só vai acentuar as suas contratações no Verão, ainda que durante o período da Páscoa possam já surgir oportunidades de reforço em estabelecimentos, mas por um período curto.

Incontornáveis são hoje em dia os «call-centers», imunes à sazonalidade pois funcionam sete dias por semana, 24 horas por dia: “Continua a existir muita procura para a área dos seguros e a banca”.

Aliás, a procura por parte dos empregadores tem vindo a melhorar qualitativamente, realça ainda Isabel Borges na sua análise. Ou seja, “aqueles que recrutam ficaram mais despertos para as empresas que trabalham em conformidade com a lei”. A especialista lembra que “antigamente poucos eram os que pediam as declarações da segurança social, das finanças ou o alvará às empresas de trabalho temporário, mas essa situação tem vindo a mudar significativamente”. O «site» do Ministério do Emprego e Formação Profissional, disponibiliza para consulta dos interessados a lista de empresas deste sector que possuem alvará.

Apesar das melhorias, a directora-geral lamenta, no entanto, a “prática de «dumping» praticada por algumas multinacionais do sector e o número ainda relevante de empresas do sector a trabalhar à margem da lei”.

A especialista criticou também algumas incongruências da nova legislação do sector, como a obrigatoriedade de dar formação profissional, num mínimo de oito horas, seja qual for o tipo de trabalho ou a duração — “se tenho que pôr alguém durante um só dia num hipermercado numa acção de «merchandising» de cosmética faz sentido dar-lhe um dia inteiro de formação?”. Ou ainda os 15 dias obrigatórios de aviso prévio para a comunicação de caducidade dos contratos — “como se faz quando os contratos duram apenas uma semana, como acontece tantas vezes em tarefas como a recuperação de arquivos?”.

Com 13 anos de actividade, assinalados hoje, a Multitempo aproveitou em data de comemorações, para renovar a sua imagem e inovar em alguns aspectos da sua apresentação institucional. “Não abandonamos o azul que é uma das nossas imagens de marca, mas quisemos dar um toque mais contemporâneo e humanizado do nosso logótipo de forma a que as pessoas, assim que olhassem para o ‘logo', tivessem uma ideia imediata da área em que actuamos”, pormenorizou Isabel Borges.

Além de Lisboa, a Multitempo tem ainda delegações no Barreiro, Aveiro, Maia e um escritório em Évora, movimentando uma média de 1200 trabalhadores temporários. No conjunto, com a Rh Mais, o número de trabalhadores totaliza as 2500 pessoas.





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