João Barreiros jpbarreiros@hotmail.com MAIS de vinte e sete mil candidatos ficaram sem colocação na segunda fase do concurso nacional de professores, cujos resultados foram conhecidos esta semana. A maior parte das colocações oferece um horário incompleto (entre as seis e as vinte e duas horas semanais), mas significa um alívio tremendo para quem depende de um lugar dentro do sistema de ensino. A colocação de candidatos a professores representa um momento de grande angústia para milhares de famílias. Significa, desde logo, que se conseguiu o emprego desejado - ou não. Mas, num caso positivo, esse posto de trabalho pode localizar-se muito longe de casa, às vezes a centenas de quilómetros. Sem querer diminuir a importância económica, emocional, e profissional destas colocações, vale a pena referir que grande parte das candidaturas se faz de uma ilusão que não tem qualquer correspondência prática. Ou seja: muitos cursos não oferecem hoje aos seus diplomados a mínima hipótese de entrar no sistema de ensino. Evitar este drama anual é possível, mas para isso, os candidatos devem antecipar as possibilidades que as suas licenciaturas oferecem.