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O estado do emprego nacional

O estado do emprego nacional

Entre o pessimismo e o otimismo moderado. Assim oscilam os diretores de recursos humanos das empresas a operar em Portugal, no que ao emprego diz respeito. De acordo com a terceira edição do Barómetro Kaizen/ RH Magazine, os líderes de RH reprovam a performance do Governo em matéria de combate do desemprego de longa duração concerne, mas ainda assim, 49% acreditam que a taxa nacional de desemprego vai diminuir nos próximos meses.

24.04.2015 | Por Cátia Mateus


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Numa escala de zero a 20 valores, os 53 diretores de recursos humanos contactados no âmbito deste barómetro reprovam, com 8,9 valores, a performance do Governo durante o atual mandato no que toca ao combate do desemprego de longa duração. Porém, numa perspetiva global sobre esta variável, o executivo de Passos Coelho passa à tangente na avaliação feita pelos líderes dos departamentos de RH de empresas de referência nacional, como Autosueco, Bial, Colep, EDP ou o gigante sueco IKEA, entre outros. É que relativamente às perspetivas de evolução do índice de emprego nacional para este ano 49% dos especialistas inquiridos dizem acreditar na diminuição da taxa de desemprego, destacando-se também uma importante parcela de cautela na avaliação dos diretores: 40% preveem a estabilização do desemprego. Segundo o estudo, apenas 11% por cento dos diretores inquiridos evidencia sinais de pessimismo, afirmando que a taxa de desemprego vai subir ao longo deste ano.

As conclusões do Barómetro Kaizen/ RH Magazine fornecem ainda outros dados de análise relevantes, no que diz respeito às perspetivas de evolução do mercado de trabalho evidenciadas pelos especialistas de recrutamento. Uma delas diz respeito ao estímulo nacional ao empreendedorismo, a que os 53 inquiridos atribuem uma avaliação de 10,3 valores. Avaliação ligeiramente superior merecem as medidas de combate ao desemprego jovem (10,7 valores) e a criação de incentivos à contratação, que soma pouco mais de 11 valores (11,2).

Neste campo, a burocracia excessiva é a razão mais apontada pelas empresas para não recorrerem a medidas de financiamento existentes para integração de novos colaboradores, apesar de 62% dos respondentes confirmar que a organização onde se inserem recorre às medidas de apoio ao financiamento para integração de novos colaboradores. Para os restantes 38%, a aposta nestas medidas implica uma carga burocrática excessiva e para uma percentagem igualmente expressiva de 30%, estas medidas não se enquadram nas suas necessidades.

O estudo destaca ainda que sobre a lei recentemente aprovada pelo executivo alemão que estabelece um mínimo de 30% de mulheres na composição dos conselhos de administração das companhias privadas germânicas, 64% dos diretores de recursos humanos nacionais discorda da implementação de uma medida legal semelhante em Portugal. O argumento é o de que “a lei não deve condicionar a escolha de quem ocupa os cargos de topo nas empresas”. O barómetro analisou ainda o grau motivacional dos trabalhadores nacionais e concluiu que à luz da opinião dos diretores de recursos humanos inquiridos, numa escala de zero a 20, a motivação dos trabalhadores nacionais se encontra ligeiramente acima dos 12 valores (1%), tendo aumentado cinco décimas desde a primeira edição do barómetro, realizada em março de 2014.



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