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No palco da gestão

Amor, morte e vida são os temas abordados por Raul de Orofino no seu mais recente trabalho de teatro-empresa. A ideia é abrir as mentes para a mudança.
14.12.2007


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Maribela Freitas

Transformações é o novo projecto de teatro-empresa do actor Raul de Orofino. Através de uma peça humorística que fala de amor, vida e morte, levanta questões que abordam a forma como as pessoas conduzem a sua vida profissional e pessoal, dando-lhes ímpeto para realizar as suas metas. A estreia do projecto é recente e o actor tem já agendados espectáculos em várias empresas portuguesas.

O novo projecto ‘Transformações’ é composto pela peça ‘Amor, Amor, Amor’, idealizada e escrita por este actor brasileiro. A primeira personagem conta a história de um homem que não gosta da sua vida profissional e que pensa que só se ganhar o Euromilhões a sua vida fará sentido, a todos os níveis. Após um ataque cardíaco apercebe-se que se mudar de atitude tudo poderá ficar melhor. O segundo quadro aborda a figura do líder que através da filha que fala com o avô falecido se apercebe de que gritar e não compreender os funcionários não é a melhor forma de estar à frente de uma equipa. A terceira história conta o drama de um homem que ama duas mulheres. O pano de fundo aqui é a mudança, o desconhecido e o estar aberto para a novidade.

São estas histórias simples, do quotidiano, que Raul de Orofino leva às empresas que o contratam. A seguir à peça, segue-se uma palestra entre o actor e os funcionários, onde questões como: não ter medo daquilo que não controlamos, do desconhecido e de que maneira isso influência a realidade empresarial ou, como transformar em algo positivo uma realidade negativa, onde existe uma desarmonia de comportamentos, entre outras, são abordadas. “A palestra é normalmente combinada com a empresa e tem como objectivo trabalhar os problemas detectados por esta”, explica Raul de Orofino. A falta de comunicação entre as pessoas; o trabalho em equipa; factores relacionados com a liderança; o trabalhar com a diferença e a motivação; são os aspectos que as empresas nacionais mais lhe pedem para trabalhar. E isto passa-se tanto em multinacionais como em PME, na medida em que este projecto de teatro-empresa pode ser feito em qualquer organização e para todo o tipo de grupos, sejam pequenos ou grandes.

Ao fim de oito anos a trabalhar em Portugal e a levar peças que falam das emoções e relações das pessoas umas com as outras e no local de trabalho às empresas, o actor tem uma noção clara dos problemas comportamentais que as organizações enfrentam. As suas peças visam trabalhar esses comportamentos e melhorá-los e eles são muito iguais, tanto em Portugal como no Brasil, Espanha e Itália, países para onde já importou o conceito de teatro-empresa. Muitas vezes, conta, essa mudança de comportamentos é mais lenta e outras mais rápida.

“Nesta peça a morte é o arquétipo do desconhecido e o medo paralisa e não deixa as pessoas andar. Um líder que grita é porque tem medo da diferença”, conta Raul de Orofino. A ideia que quis concretizar com este trabalho foi a de criar uma peça que mexesse com as pessoas, com os seus medos, daí abordar a morte. “Acho que dou um choque nas pessoas e as emociono”, acrescenta. Já a razão de ter escolhido o tema morte prende-se com o seu sentido de transformação. “Quando se pensa que a morte existe, passa-se a conduzir a vida de uma outra forma, a ligar mais ao essencial, seja na maneira de trabalhar seja na de se relacionar com as pessoas. Mexo com as emoções para que as pessoas sintam que podem mudar”, explica Raul de Orofino. Por outro lado e para o actor-autor, o amor não tem nesta peça menos importância.

“Nada é mais poderoso do que a força do amor. O poder da auto-estima e do amor-próprio pode-nos fazer romper limites e saborear mais a vida”, frisa. E isso, na sua perspectiva, pode fazer milagres na vida pessoal e profissional. É essa a mensagem que leva às empresas.





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