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MBA garantem emprego

MBA garantem emprego

Não há receitas milagrosas nem fórmulas de sucesso garantido quando a meta é assegurar a empregabilidade ou fintar o desemprego. Mas há ferramentas que podem ser uma importante ajuda nesta missão.
11.10.2012 | Por Cátia Maeus


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Para as empresas há a convicção de que um conhecimento transversal do negócio e da sua gestão abre portas, aumenta as hipóteses de sucesso numa carreira internacional e até o nível salarial. Em nome disto, os profissionais estão a procurar cada vez mais os MBA. A globalização dos negócios e a crescente competitividade entre as empresas que atuam cada vez mais a uma escala multinacional, exige profissionais bem preparados para atuar em cenários multiculturais e agressivos. Uma conjuntura que faz das qualificações em gestão um dos principais fatores de competitividade e que tem levado um número crescente de profissionais a investir na reconversão das suas áreas de formação, através dos cursos de Master of Business Administration (MBA). Destinados a profissionais com pelo menos três anos de experiência profissional, os MBA são uma formação avançada de gestão que, segundo as empresas, abre portas, muitas portas. E até pode revolucionar carreiras. Os números não deixam grande margem para dúvidas. Um inquérito recentemente divulgado pelo GMAT - Graduate Management Admission Council, “MBA.com Prospective Students Survey”, revela que 77% dos alunos que frequentaram estas formações entre 2000 e 2011, consideram que o curso foi decisivo para obterem emprego e 82% dos profissionais revela mesmo que alcançaram mais rapidamente uma promoção graças ao MBA. Do lado das empresas, 74% planeavam este ano recrutar mais colaboradores com MBA. E os benefícios estão também no campo salarial, com um terço das empresas a ponderarem pagar mais a estes profissionais do que pagavam em 2011. Mas há outros dados que posicionam o MBA como uma espécie de trunfo anti-crise. O Executive MBA Council confirma o potencial destas formações na sua sondagem “Studant Exit Benchmarking” que revela um aumento de 16,3% nos pacotes salariais oferecidos aos alunos, entre o início e a conclusão do curso. O simples facto de o frequentar já parece abrir portas. Portugal, apesar da difícil conjuntura que atravessa, não é excepção. Apostar num MBA é cada vez mais um trampolim para mudar de carreira ou alcançar um cargo de topo e até são muitas vezes as empresas a apoiar financeiramente os seus colaboradores nesta formação. As organizações querem líderes flexíveis, capazes de se superar e com pensamentos out-of-the-box. Já não bastam profissionais tecnicamente competentes. São necessários profissionais de alto nível estratégico e emocionalmente imbatíveis. Esta é a convicção de Belén Vicente, diretora executiva do The Lisbon MBA (TLMBA) que resulta de uma parceria da Católica Lisbon e a Nova SBE, que já formou desde a sua criação em 2008 cerca de 450 alunos. Belén Vicente reconhece que a adversidade do país está a levar ao TLMBA “um conjunto de profissionais que consideram que a aposta na formação avançada em gestão é uma forma de ganhar competências para de um modo mais qualificado lançarem os seus próprios projetos”. Para a diretora, “o potencial do MBA está associado essencialmente a três componentes: a aquisição de conhecimentos de gestão teóricos e práticos, o alargamento da rede de contactos entre colegas e o mundo corporativo e a possibilidade de acesso a outras oportunidades, dentro ou fora do contexto profissional do aluno”. Trunfos que as empresas também reconhecem. O grupo EDP é uma das empresas que mantém “debaixo de olho” os alunos do TLMBA. Maria João Martins, diretora de recursos humanos do grupo reconhece que “as empresas procuram colaboradores com competências técnicas e comportamentais que possam contribuir para o desenvolvimento do negócio”. É ao nível do desempenho comportamental que a líder encontra maiores benefícios nos MBA. “ O principal contributo de um MBA, para além do desenvolvimento de competências de gestão e valorização pessoal do colaborador, é a otimização de competências diferenciadoras como o espírito criativo, a capacidade de adaptação a novos contextos e a gestão multicultural”, revela. Maria João Martins confirma que esta formação pode constituir uma excelente mais-valia no contexto atual, “numa altura em que as empresas, para fazer face à adversidade, podem ter necessidade de recrutar profissionais com mais qualificações e com competências diferenciadoras”. Para os profissionais, acrescenta: “pode representar uma oportunidade de alterar o percurso de carreira, abrindo oportunidades para novos desafios”. Na Novartis o cenário é semelhante. A empresa integra cerca de 320 colaboradores e Cristina Campos, diretora geral da empresa, confirma uma tendência crescente dos profissionais de aposta na formação contínua, também ao nível dos MBA. Um investimento que a empresa apadrinha até porque na visão da líder “um MBA é um importante complemento a uma área de formação já existente, até pela capacidade de pensamento estratégico que fomenta, permitindo ao colaborador ter uma visão global da emprea”. Cristina Campos salienta que “o ambiente económico e os desafios constantes do mercado em que a Novartis está inserida, exigem cada vez mais um pensamento estratégico macro e out-of-the-box” e nessa medida são claramente valorizados os profissionais com esta formação. A diretora reconhece que um profissional com MBA pode não conseguir uma promoção automática, mas a médio prazo, usando as suas competências tem clara vantagem de o conseguir. E é talvez por esta consciência do potencial desta formação que a empresa atribui bolsas de formação aos colaboradores que queiram frequentar MBA’s e outros cursos. Mas mesmo sem apoio financeiro da empresa, Belén Vicente garante que o esforço (financeiro e pessoal) de frequentar um MBA é claramente recompensado pelo mercado. A diretora executiva do TLMBA dá números concretos: “a taxa de empregabilidade dos graduados do curso internacional de 2011 foi de 73%, após seis meses de terem concluído a formação”. E vai mais longe ao referir que “muitos destes alunos criaram as suas próprias empresas e os que não o fizeram, alcançaram um crescimento médio de 56% dos salários, após o MBA”.


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