Maribela Freitas
SÃO CADA vez mais os portugueses que ponderam investir
num "franchising" quando decidem criar um negócio próprio.
E se no passado este tipo de empresas eram quase obrigatoriamente importadas
do estrangeiro - como as lojas do McDonald's -, hoje crescem os "franchisings"
"nascidos e criados" em Portugal.
Seja na área dos serviços ou restauração,
os "franchisings" nacionais somam posições no
mercado e são cada vez mais as pessoas que apostam numa ideia de
negócio portuguesa.
Mário Romão é um dos sócios da empresa que
detém o "franchising" "Sopas&Sopas", na
área da restauração, criado em 1999 em Portugal.
"Estivemos um ano a desenvolver bem o conceito antes de fazer a nossa
segunda loja, depois quando consideramos que o conceito estava estável,
decidimos criar mais três lojas próprias e o primeiro 'franchising'.
Um ano depois deste primeiro restaurante, optamos por avançar para
uma rede 'franchisada'", explica Mário Romão.
Para este empreendedor, "o 'franchising' permite crescer mais
rapidamente, com menos trabalho a nível logístico e de gestão
de recursos humanos".
Crescimento(quase) garantido
Depois do primeiro franchising da "Sopas&Sopas" ter nascido
em 2001, este conceito nunca mais deixou de crescer em número de
restaurantes.
Neste momento são 18 as lojas do "Sopas&Sopas" (nove
próprias e nove "franchisadas") distribuídas por
todo o país e estão mais dez contratadas para abrir até
ao final do ano.
Em 2002 a facturação da empresa atingiu os cinco milhões
de euros e a crise económica parece não ter passado por
este negócio. É que, como salienta Mário Romão,
"este é daqueles negócios que menos sente a crise,
pois todos temos de comer e as sopas, além de saudáveis,
permitem-nos fazer uma refeição muito económica".
E para o futuro Mário Romão quer "aproveitar as
oportunidades interessantes que apareceram, consolidar a rede a nível
nacional e continuar a apostar na qualidade dos produtos".
Criado em Junho de 2002, também em Portugal, o "franchising"
"Loja do Condomínio" conta já com 14 unidades
"franchisadas" e tem prevista a abertura de mais três
em Maio.
Paulo Antunes, director de projecto deste "franchising" explica
que "esta era uma área onde já tínhamos uma
vasta experiência e, que fruto do mercado, se afigurava uma boa
oportunidade de negócio. Por outro lado apresentava uma inovação
neste sector de actividade, o que foi por nós considerado como
uma mais-valia importante".
A actuar na área de administração de condomínios,
este conceito encontra-se implantado desde o Grande Porto ao Algarve,
passando pelos distritos de Lisboa e Setúbal.
Para Paulo Antunes, este negócio "apresenta uma rentabilidade
bastante elevada, com uma facturação sempre crescente, garantindo
um estabilidade importante, associada a um custo de estrutura baixo. Os
nossos 'franchisados' são pessoas que têm apostado com muita
convicção neste negócio, o que se tem traduzido num
crescimento significativo da rede".
Com menos de um ano de actividade, a história da "Loja do
Condomínio" tem sido feita da "consolidação
do projecto e crescimento da rede, o que tem sido conseguido com grande
sucesso", salienta Paulo Antunes.
A avaliar pelo seu bom desempenho e a grande aposta dos "franchisados",
este responsável ambiciona um maior crescimento, a solidificação
da rede e, "numa segunda fase, o início da internacionalização
da marca", finaliza.