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Maior sociedade de advogados do mundo aposta em Portugal

Maior sociedade de advogados do mundo aposta em Portugal

Fatura 2 biliões de dólares, está em 30 países e tem ao seu serviço 4.200 especialistas em todas as áreas do Direito. A DLA Piper, a maior sociedade de advogados do mundo, está também presente em Portugal através da parceria com a ABBC.
29.07.2011 | Por Marisa Antunes


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Ao ExpressoEmprego, Juán Picón, administrador da sociedade, fala de que fibra são feitos os advogados da geração pós-crise. É considerada a maior sociedade de advogados do mundo tendo no seu portfólio de clientes mais de metade das grandes companhias presentes no ranking da revista Fortune 500. A DLA Piper tem 7500 colaboradores, 4.300 dos quais advogados, está presente em mais de 30 países - com 76 escritórios - e muito recentemente também em Portugal onde estabeleceu parceria com a ABBC, a firma de Azevedo Neves, Benjamim Mendes, Carvalho & Associados. Juan Picón, administrador-delegado da DLA Piper esteve em Lisboa na semana passada e deu uma entrevista exclusiva ao ExpressoEmprego. Quisemos saber de que fibra são feitos os advogados desta nova geração e que evoluem num mercado que nunca foi tão global como é hoje. Por ano, 10 000 candidatos querem fazer parte deste universo mas só um grupo que varia entre 200 a 300 pessoas (consoante a abertura de novos escritórios nos quatro cantos do globo) passam a fazer parte da organização que, em 2010, teve uma faturação global na ordem dos dois biliões de dólares. “Ter uma boa formação académica e fluência em inglês continua a ser muito importante. Mas há uma grande diferença no perfil exigido às pessoas que contratamos hoje, em relação ao período em que eu próprio entrei na sociedade, já lá vão cinco anos. Hoje queremos pessoas que estejam dispostas a fazer distintos tipos de trabalho em diferentes lugares. Que não se restrinjam ao seu pequeno espaço mas consigam olhar mais além. Que tenham ambição, que não se importem em morar noutro país, que funcionem bem em trabalho de equipa ”, sublinha Juan Picón. Um peso crescente das ‘soft skills’ que faz a diferença na hora da contratação e da permanência na organização. “Hoje em dia, os clientes querem que o ‘know-how’ esteja acessível. Que o advogado além de apresentar soluções, tenha empatia. Atualmente os clientes não querem uma pessoa simplesmente académica, fria, mas sim, um companheiro de viagem. Na nossa equipa procuramos, pois, pessoas que se diferenciem pela qualidade humana”. A crise económica global trouxe consigo uma movimentação extraordinária de transações financeiras envolvendo empresas que são vendidas, compradas, que apostam em novas oportunidades de negócio ou novos locais de implantação. Atenta, a DLA Piper, graças à sua presença em 30 países, consegue assegurar a assistência jurídico-legal necessária aos clientes. Um exemplo recente: a DLA Piper representou a PAI Partners na aquisição da Swiss Port International - presente em 37 países - num negócio de 900 milhões de euros. “Estiveram envolvidos 150 advogados nossos em diferentes países, a trabalhar em conjunto e prestando assistência localmente”, diz o responsável. Outro exemplo: a Boeing foi adquirida em 2010 pela Argon, companhia com representação legal da DLA Piper, assegurada por uma vasta equipa de 100 advogados, numa transação de 775 milhões de euros. Mega negócios que obrigam a um coordenado trabalho de equipa e uma boa gestão de recursos humanos na ótica da diversidade. Por isso, diz Juán Picón, se promove a mobilidade dentro da organização sendo frequente que os colaboradores circulem entre os escritórios de diferentes países fazendo valer as já referidas ‘soft skills’ que lhes permitem ajustar-se em ambientes diferentes. “Sendo uma companhia global, damos muito valor ao talento local”, acrescenta ainda Juan Picón. Em Portugal, a parceria com a ABBC surgiu no âmbito da expansão delineada para os mercados emergentes onde se incluem os países africanos lusófonos. Angola, em especial, em grande atividade a nível energético e petrolífero, surge aqui como um mercado muito apetecível onde estão presentes diversos clientes europeus e americanos da DLA Piper. “A África lusófona e francófona faz parte das nossas prioridades para os próximos três anos, tal como outros mercados emergentes como a Turquia, a Coreia ou o México. A crise está a produzir novas oportunidades e há muitos mercados emergentes, com grande potencial. Angola é um deles”. Uma parceria que veio de encontro à própria estratégia de internacionalização da sociedade portuguesa ABBC que tem sabido crescer mesmo em tempos de crise no mercado nacional.


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