O programa CMU Portugal está novamente a preparar programas de intercâmbio académico nos Estados Unidos, não apenas para estudantes portugueses mas também para professores e investigadores. O Programa de Estágio de Investigação e o Programa de Intercâmbio de Docentes, cujas candidaturas decorrem até 30 de novembro, vão permitir a estudantes, investigadores e docentes portugueses fazer investigação em universidades como a Carnegie Mellon University (CMU), em Pittsburgh, ou em Silicon Valley, nos Estados Unidos. A missão do programa CMU Portugal é “colocar o país na vanguarda da inovação em áreas focadas de tecnologias de informação e comunicação, através de investigação de ponta, da excelência na formação pós-graduada e de uma ligação muito próxima com a indústria nacional”, explica João Claro, director nacional do programa CMU Portugal.
Financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, o programa – iniciado em outubro de 2006 e renovado até 2017 - resulta de uma parceria entre o governo português e a universidade privada norte-americana Carnegie Mellon University, reconhecida pelo seu forte investimento na investigação aplicada às áreas Engenharia, Ciências da Computação, Robótica, Gestão, Políticas Públicas, mas também Artes e Humanidades. Esta parceria internacional abrange mais de 300 estudantes de mestrado profissional e de doutoramento de grau dual, compreende cerca de 50 projetos de investigação e tem mais de 120 empresas parceiras.
Por cá, o programa impulsionou a criação do Instituto de Tecnologias Interativas da Madeira e de 11 startups: Dognaedis, Feedzai, Geolink, Mambu, Orange Bird, Prsma, RedLight Software, Sentilant, Streambolico, Veniam e Virtual Traffic. Os dois programas que agora estão a receber candidatos, permitirão a estudantes, investigadores e docentes lusos “experienciar as melhores práticas de investigação e ensino a nível mundial, na área das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)”. Mais de 100 investigadores e docentes já foram apoiados para atravessar o Atlântico, no total das edições dos dois programas, avança o responsável pelo programa. No caso do Undergraduate Internship Program – UIP, o Programa de Estágios de Investigação na CMU, foi lançado em 2014, a pensar em estudantes de mestrado ou recém-mestres.
O programa tem uma duração entre oito a 12 semanas e Segundo João Claro, “é a oportunidade para “mergulhar” num ambiente de investigação internacional único e capaz de abrir horizontes, perspetivas de investigação e uma rede de conhecimentos de utilidade inquestionável”. Já o Programa de Intercâmbio de Docentes (Faculty Exchange Program – FEP), apoiou nas suas várias edições 67 investigadores de instituições de ensino superior portuguesas, para a imersão na universidade norte-americana por um período que pode ir até um semestre. Para o diretor nacional do Programa CMU Portugal, “estes dois instrumentos têm mostrado elevada relevância não só para quem participa, mas também para toda a comunidade. São iniciativas que potenciam a internacionalização do conhecimento gerado no nosso país e a integração em redes de investigação e isso é absolutamente fulcral para o sucesso de pessoas e projetos”.