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Finanças, marketing e banca entre os que melhor pagam em Portugal

Finanças, marketing e banca entre os que melhor pagam em Portugal

O impacto da conjuntura económica do país está a gerar mudanças significativas no mercado de trabalho, nomeadamente ao nível das áreas de maior empregabilidade. As empresas estão a privilegiar as carreiras ligadas ao marketing, vendas, finanças, banca e até a advocacia, com o incremento dos processos judiciais.
13.10.2011 | Por Cátia Mateus


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São também estas as áreas onde os profissionais podem aspirar a melhores remunerações. Em qualquer uma destas áreas, os salários anuais atingem com facilidade os 130 mil euros. Marketing, vendas e banca são os sectores que melhor pagam em Portugal, mesmo em cenário de adversidade. Na verdade, alguns sectores e carreiras parecem mesmo estar a beneficiar com a situação da economia nacional, não só ao nível da procura de quadros como também da remuneração que oferecem. Em Portugal, o salário de um diretor financeiro pode ultrapassar os 110 mil euros anuais, o de um diretor de marketing 120 mil e o de um diretor comercial pode chegar aos 130 mil. Os números são da Michael Page, resultam do cruzamento dos vários estudos de remuneração por sector, e permitem ainda concluir que a conjuntura nacional está a modificar a forma como se recruta em Portugal. Álvaro Fernandéz, diretor-geral da Michael Page não tem dúvidas: a situação financeira adversa que se tem feito sentir um pouco por todo o mundo nos últimos dois anos, resultou em profundas alterações no mercado de trabalho global”. Um impacto que, garante, “foi e continua a ser particularmente forte em Portugal, um país onde a taxa de desemprego tem crescido de forma contínua, ainda que tenha abrandado nos meses de verão”. Mas apesar desta conjuntura, a consultora especializada em recrutamento, concluiu que existem no país determinados sectores de atividade, profissões e funções que não só resistem incólumes à crise como inclusivamente crescem e evoluem. “Uma tendência que se reflete também muitas vezes nos níveis de salários praticados”, argumenta Álvaro Fernandéz. O sector das TI continua a ser um dos mais estáveis, independentemente do cenário macroeconómico envolvente. Um Diretor de Desenvolvimento pode, segundo o estudo, ganhar em Portugal um salário de 98.500 euros anuais. Um valor significativo quando comparado com outros sectores. Nas Finanças, por exemplo, os diretores financeiros e os responsáveis de tesouraria são os mais beneficiados salarialmente. Dependendo do volume de negócios da empresa e da experiência do profissional, o salário de um diretor financeiro pode atingir os 110 mil euros anuais. Já o vencimento de um responsável de tesouraria pode ultrapassar os 120 mil euros ao ano. “Num período fortemente marcado pela instabilidade e incerteza quanto ao futuro, o negócio das empresas está cada vez mais orientado para os resultados a curto prazo”, explica o diretor-geral da Michael Page Portugal. Uma orientação que pode justificar as remunerações e demais benefícios atribuídos a cargos de topo na área do marketing comercial e vendas, onde os salários oscilam entre os 120 mil e os 130 euros anuais. Mas a conjuntura gerou ainda outras alterações, nomeadamente ao nível dos contratos de trabalho e da disponibilidade dos profissionais para uma carreira à escala global. “Face a um cenário de maior incerteza existe um número significativo de empresas que preferem optar por contratos mais curtos e a termo, em vez de estabelecerem um maior compromisso laboral”, explica o líder que enfatiza o impacto que isto também tem na disponibilidade dos portugueses para a mudança. Não há dúvida, a mobilidade já está enraizada na cultura nacional.


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