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Estudar no estrangeiro abre portas

Estudar no estrangeiro abre portas

Em Portugal, uma experiência académica internacional é cada vez mais um trunfo para quem procura emprego. Há quem sonhe em prosseguir estudos ou investigar nos Estados Unidos, mas não saiba como fazê-lo. Na próxima semana, integrado no evento This is America, a Comissão Fulbright apresenta, em Lisboa, o seu programa de bolsas e informa sobre como se processam as candidaturas a universidades americanas. Onde estão algumas das instituições mais prestigiadas do mundo universitário.
01.07.2011 | Por Maribela Freitas


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Segundo números do organismo americano Education USA no ano letivo de 2009/10 existiam 1015 estudantes portugueses neste país. Um número que cresceu 4,2% em relação a período homólogo. Ciente do interesse em estudar nos EUA e da crescente valorização que as empresas dão a uma experiência internacional, no momento de recrutar, a Câmara de Comércio Americana em Portugal (CCAP) organiza um painel intitulado Studying in USA, no evento This is America, que vai promover de 5 a 7 de julho, no cinema São Jorge, em Lisboa. O painel será apresentado pela Comissão Fulbright. «No This is America queremos mostrar o que é este país através das suas marcas mais conhecidas», explica José Joaquim Oliveira, presidente da CCAP. Durante três dias, diversas ações vão animar Lisboa, mostrando desde a literatura à música entre outros ícones da cultura americana. A criação de um painel dedicado ao ensino surge motivada «pela grande apetência dos portugueses em estudar nos EUA», salienta José Joaquim Oliveira. De acordo com a empresa de recursos humanos Adecco, a formação académica internacional valoriza o perfil de um candidato a um emprego. Acrescenta a consultora de RH que “poderá ser um fator benéfico para o candidato, mas nunca decisivo para a seleção, a não ser que tal seja um requisito obrigatório de quem está a recrutar”. Segundo a Education USA em 2009/10 eram 394 os portugueses a fazer uma licenciatura nos EUA e 621 estavam a realizar estudos pós-graduados e investigação. As universidades Carnegie Mellon, Harvard, New York, Columbia e MIT são as que mais portugueses acolhem em estudos pós-graduados e investigação. E é exatamente para a New York University que Andreia Martinho vai já no próximo ano letivo fazer um mestrado em Bioética, como bolseira Fulbright. Conta que sempre ambicionou estudar nos EUA e que está a concretizar um sonho. “A qualidade do ensino é superior à nossa e considero que esta formação me pode abrir muitas portas no mercado de trabalho quando voltar”. Otília Macedo Reis, diretora executiva da Comissão Fulbright conta que “o programa de bolsas da Comissão cobre todas as áreas de estudo e são atribuídas bolsas para doutoramento, mestrado e investigação”. Para o ano letivo de 2012/2013 atribuíram dez, para as quais tiveram cerca de 150 candidaturas. Para se candidatarem os interessados têm de preencher um formulário online, apresentar certificados académicos, cartas de recomendação e de motivação, mostrar apetências linguísticas, etc. Depois de selecionados de acordo com o seu perfil académico, são ainda avaliados por um conjunto de especialistas da sua área. Um processo que replica o método de admissão vigente na América. No painel Studying in USA, que se realiza no dia 7, a Comissão Fulbright vai apresentar o seu programa de bolsas que já abrangeu figuras nacionais bem conhecidas como João Lobo Antunes e Eduardo Marçal Grilo. Vai ainda informar os interessados de como podem aceder às universidades americanas. Ao todo existem mais de 4000 universidades acreditadas nos EUA nas mais variadas áreas. Nos últimos tempos, os candidatos às bolsas Fulbright têm crescido no âmbito das ciências sociais e artes em detrimento de menor procura nas engenharias. Mas estudar na América não é para todas as bolsas. Por isso, para além do valor monetário do programa – que subsidia apenas o primeiro ano com valores entre os 25 a 30 mil dólares (entre 17 a 21 mil euros) -, a Comissão auxilia ainda os seus bolseiros no processo de candidatura e admissão e a encontrar outros apoios. «As escolas americanas são muito caras, mas têm financiamento para atribuir aos muito bons alunos», comenta Otília Macedo Reis. Criado após a segunda guerra mundial, o programa Fulbright visa promover o intercâmbio cultural e educacional para estudantes e professores e está presente em 155 países. Os estudantes têm um visto próprio que os obriga a retornar ao país de origem, proporcionando uma efetiva partilha de saberes. Guia de acesso: São várias as dúvidas existentes de quem a partir de Portugal se quer candidatar a uma universidade americana. É possível fazê-lo e poderá obter mais indicações sobre este processo através do Centro de Informação Fulbright sedeado na Reitoria da Universidade de Lisboa. Para já ficam aqui algumas notas: - É preciso escolher a universidade com a licenciatura, mestrado ou doutoramento pretendido, saber os requisitos e enviar a candidatura específica para cada escola escolhida. As universidades disponibilizam a informação on-line e a candidatura pode ser enviada pela Internet. - A página www.chea.org lista todas as universidades devidamente acreditadas. Recomenda-se a sua consulta. - É pedido aos estudantes estrangeiros a realização de um teste de inglês. O SAT é o exame norte-americano de acesso à universidade. Ambos podem ser realizados em Portugal e há escolas que fazem cursos de preparação. - As universidades têm programas de financiamento. Há que consultá-los para saber que oportunidades oferecem. - No momento da candidatura deve indicar se pretende ficar alojado na residência da universidade. A Comissão Fulbright aconselha os alunos a optarem por esta situação no primeiro ano. - O visto só é tratado depois da admissão. - O reconhecimento em Portugal dos graus atribuídos pelas universidades norte-americanas cabe à Direção Geral do Ensino Superior. Basta entregar o diploma e certificados originais. - O Centro de Informação Fulbright auxilia quem assim o pretender a preparar a candidatura para licenciaturas, bastando para tal agendar uma sessão.


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