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Escolas criam medidas de apoio para alunos carenciados

Escolas criam medidas de apoio para alunos carenciados

Os tempos que se vivem são de crise e muitos alunos estão a ter dificuldade em prosseguir estudos por falta de dinheiro para pagar propinas e demais despesas. Talvez por esse motivo, este ano e na primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior público, concorreram menos 1295 candidatos que em 2011. Cientes do cenário de crise que se vive, instituições de ensino superior estão a avançar com medidas de auxílio. Entre elas contam-se a criação de fundos de apoio e a redução no valor das propinas.
24.08.2012 | Por Maribela Freitas


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As famílias portuguesas enfrentam dificuldades e muitos alunos encaram a dura realidade de terem de abandonar os estudos por não conseguirem fazer face às despesas que implica uma licenciatura ou um mestrado. Para minimizar as carências de alguns estudantes, O Centro Regional do Porto da Universidade Católica (CRP-UC) vai avançar com o projecto Talentos. A Nova School of Business&Economics (beNOVA) criou um programa de bolsas e o Instituto Politécnico de Leiria (IPL) optou por baixar as propinas de mestrado e não aumentar as das licenciaturas. São medidas que farão com que muitos jovens possam continuar os seus percursos académicos. “O projeto Talentos acaba de se criado e pretende gerar um fundo de apoio que permita potenciar a igualdade de oportunidades, evitando que qualquer debilidade financeira seja um entrave à formação de qualidade de quem tem talento”, explica Joaquim Azevedo, presidente do CRP-UC. A ideia é premiar quem tem talento, gerando também talento para a sociedade e levando-a a colaborar com a universidade na formação destes jovens. Pretende para isso aumentar a capacidade de atribuição de bolsas da Católica, evitando que os alunos partam por questões estritamente financeiras. “O projeto visa a angariação de bolsas para a Católica Porto, para que possa manter o seu nível de apoio social. As fragilidades são avaliadas por profissionais com muita experiência que buscam soluções à medida de cada caso”, salienta Joaquim Azevedo. Apesar do Talentos ter acabado de ser lançado, no ano passado o CRP-UC atribui cerca de 600 mil euros em bolsas de mérito por carência económica e apoio às famílias com mais de um membro a estudar nesta instituição, o que equivale a cerca de 125 propinas anuais. O valor foi repartido por mais de 200 alunos, pois nem todos auferiram a bolsa a 100%. “Pretendemos que o Talentos ajude a Católica Porto a manter este nível e apoio. Convidamos empresas, outras instituições, antigos alunos e todos quanto queiram apoiar a formação de jovens que optam pelos nossos cursos. Há benefícios fiscais de mecenato bem como benefícios particulares concedidos pela própria universidade” conta o presidente do CRP-UC. Também a Nova School of Business&Economics em conjunto com os seus antigos alunos acaba de lançar um programa de bolsas beNOVA, para alunos com dificuldades financeiras. Qualquer pessoa, instituição ou empresa pode contribuir para a educação de um aluno de licenciatura de economia ou gestão, nesta escola. Não existe um montante máximo ou mínimo para as contribuições e o programa estará disponível para o próximo ano letivo, podendo vir a ser alargado a outros programas da Nova Para além destas entidades, outras escolas têm avançado com acções de apoio. No IPL nos últimos meses 93 estudantes cancelaram a matrícula por motivos que vão desde uma nova colocação no ensino superior até financeiros, pessoais ou de saúde. “O IPL prevê no seu regulamento o pagamento faseado de propinas que visa facilitar a vida aos estudantes. Com o agravamento da crise económica e verificando-se que existem grandes dificuldades por parte de alguns alunos em cumprir o plano estabelecido, existe a possibilidade de o reformular, adequando às reais capacidades financeiras e do agregado familiar do aluno”, explica Nuno Mangas, presidente do IPL. Para auxiliar os seus universitários, o IPL decidiu baixar as propinas dos mestrados até 25% e vai manter a das licenciaturas que não sofrerão qualquer agravamento no ano lectivo de 2012/13, mantendo as condições de pagamento faseado. A 29 de junho de 2012 havia 385 estudantes de licenciatura e 39 de mestrado com planos de pagamento. Em dezembro de 2011 foi criado um fundo de apoio social ao estudante, à qual já recorreram 266 alunos. “Este será um número com tendência crescente, tendo em conta o actual contexto”, comenta Nuno Mangas. Acrescenta ainda que outra forma de apoiar os alunos e de enriquecer o seu currículo é propor-lhes, sem prejuízo dos seus deveres escolares, executar algumas tarefas nos serviços do IPL. “Proporciona-lhes simultaneamente uma experiência enriquecedora e geradora de competências que lhes serão indispensáveis em termos de empregabilidade futura”, afirma Nuno Mangas.


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