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Empresas recrutam cada vez mais talento nas universidades

Empresas recrutam cada vez mais talento nas universidades

As grandes empresas portuguesas estão cada vez mais perto das universidades no que toca ao recrutamento dos seus quadros. São cada vez mais os programas de estágio articulados diretamente com as melhores instituições de ensino nacionais, permitindo às empresas captar os melhores talentos para a sua estrutura, mas acima de tudo prepará-los, desde o início, para uma boa integração na cultura da empresa.
22.12.2011 | Por Cátia Mateus


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Ligação direta. Assim se poderia definir o relacionamento atual das grandes empresas presentes em Portugal com as universidades. Há muito que as organizações apostaram em estreitar a sua ligação ao mercado universitário fazendo das instituições de ensino um dos pilares dos seus programas de estágio anuais. O resultado prático? Assegurar o recrutamento dos melhores talentos das universidades lusas e garantir, através de um exigente programa de estágio, que só os melhores têm passaporte carimbado para a entrada na empresa. É rara organização que não tem um programa de estágios pensado para captar, acolher e integrar os novos profissionais na sua cultura empresarial e nas práticas do mercado. Em muitos casos, estes programas são preparados durante o ano inteiro e conduzem às organizações várias dezenas de recém-licenciados por ano. Alunos cujo primeiro contacto profissional com o mercado é feito através destes programas. Desde que foi criado em 1998, o Generation Galp já conduziu à empresa 284 trainees. Só nos últimos cinco anos 140 jovens integraram a empresa através do programa cujo público alvo são “jovens formados, com indiscutível potencial para a médio prazo, fazerem parte dos quadros estratégicos da Galp Energia”, explica Hugo Faria, responsável pelo programa na empresa. Pensado para atrair os melhores recursos humanos e investir em jovens talentos, o Generation Galp capta nas universidades nacionais perfis sobretudo provenientes das áreas da engenharia (ambiente, civil, gestão industrial, mecânica ou química), financeira (contabilidade, economia, finanças e gestão) ou ainda Geologia e Humanidades, ainda que em menor escala. O programa de recrutamento compreende quatro fases, a primeira das quais centrada na triagem curricular, Logo a seguir os candidatos são sujeitos a uma entrevista inicial, avaliação de potencial e entrevista final. Hugo Faria assegura que “ao ingressarem no programa os trainees assinam um contrato de estágio de um ano, durante o qual passam por experiências em duas áreas profissionais distintas. No final desse ano é feita uma avaliação com base em critérios previamente estabelecidos e criado um ranking que determina a possível continuidade na empresa”. O programa, garante o responsável, permite não só filtrar os melhores, mas também perceber a forma como se relacionam com a estrutura e possibilitar a sua melhor integração. “Os objetivos do programa são essencialmente o rejuvenescimento da estrutura da empresa e a identificação de talentos que sejam uma mais-valia para a organização, mas paralelamente o programa tem contribuído para uma maior proximidade de contacto com várias universidades de referência, o que se revela uma vantagem competitiva na partilha de experiências e conhecimentos”, enfatiza o responsável. O mesmo acontece na Ericsson. A empresa aposta muito forte na renovação do seu capital humano e encontra nos jovens acabados de sair das universidades o elemento-chave desta renovação. Anualmente a empresa recebe pelo menos 12 estagiários remunerados que cumprem um programa de estágio de 18 meses que, em 90% dos casos, conduz a um cargo na empresa. Rute Diniz é HR Competence Manager da empresa e revela que em 2012 estão previstas dez vagas para recém-licenciados. “Todos os trainees são acompanhados por um tutor ou orientador de estágio e pela chefia, sendo definidos planos de desenvolvimento constituídos por formação, acompanhamento de colegas séniores e on-the-job training”, explica Rute Diniz. A seleção destes candidatos envolve entrevistas e análise de personalidade através da resposta do candidato a um questionário via internet. “Valorizamos sobretudo competências como a cooperação, o profissionalismo e a orientação para o cliente, mas os candidatos terão de ser persistentes, autoconfiantes e adeptos do desenvolvimento contínuo”, esclarece a HR Competence Manager adiantando que são privilegados perfis nas áreas da engenharia de telecomunicações, informática e redes. Tal como na Galp Energia, também na Ericsson a ligação às universidades é determinante nestes recrutamentos.


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