João Barreiros
jpbarreiros@hotmail.com
OS RESULTADOS do estudo que o EXPRESSO publica esta semana
parecem evidenciar que, por maior que seja o esforço dos Centros
de Emprego, o seu papel em encontrar soluções para os desempregados
é, em muitos casos, relativo.
Mais do que ficar agastado com os números apresentados, o IEFP
deve reflectir sobre as novas formas de desemprego que hoje existem em
Portugal e no resto da Europa, e procurar metodologias mais dinâmicas
de fazer face ao problema.
É preciso reconhecer que muitas ofertas que chegam aos centros
não encontram candidatos com o perfil adequado e que, com relativa
frequência, esses candidatos só estão disponíveis
para aceitar tarefas acima das suas reais capacidades.
Há, assim, uma verdadeira falta de sintonia entre a oferta e a
procura da qual, naturalmente, o IEFP não tem culpa. Porém,
a insatisfação dos respondentes a este inquérito
merece uma análise cuidada, mais do que um contraponto com os inquéritos
conduzidos pelo próprio Instituto.