Vítor Andrade
A NOTÍCIA foi servida, fria, por volta da hora do jantar. Os últimos
dados apurados pelo Instituto Nacional de Estatística apontavam
para a existência de 412 mil desempregados, em média, durante
o primeiro trimestre de 2005. Ou seja, atingimos uma taxa de desemprego
de 7,5%, mais 0,4% que no último trimestre de 2004 - a mais alta
dos últimos oito anos.
Alguns analistas garantem que, a manter-se a actual conjuntura económica,
é muito provável que Portugal chegue, a prazo, aos 10% de
taxa de desemprego. Assusta só de pensar. Mas não é
um cenário que possamos ignorar olimpicamente. Ou os portugueses
desatam a investir na sua própria formação e a criar
novas e inovadoras empresas, com o apoio de um Estado amigo do investidor,
ou então Portugal falhará em toda a linha.
Não tenhamos ilusões. Aproximam-se tempos difíceis.
Mas temos que nos superar e vencer inequivocamente esta crise.