João Barreiros
APROXIMAR profissionais oriundos de todas as regiões
do país e promover a troca de experiências entre eles foram
os principais objectivos da acção de formação
para jovens quadros levada a cabo na passada semana pelos Correios de
Portugal (CTT).
A empresa reuniu 150 jovens quadros, até aos 32 anos de idade,
encontrando uma forma bastante original de os estimular: os participantes
foram divididos em equipas constituídas por elementos de várias
áreas, sendo convidados a gerir uma empresa fictícia durante
cinco trimestres.
O simulador utilizado habitualmente no jogo da Gestão Global
- um torneio de simulação em gestão organizado
pela SDG e pelo EXPRESSO - permitiu levar a cabo esta realização.
"Os CTT acreditam que este jogo de simulação de
gestão é um forte estímulo para elevar os níveis
de desempenho em áreas fundamentais para o sucesso, nomeadamente
na visão estratégica, no trabalho de equipa, na comunicação
e na gestão de equipas", sublinha Miguel Salema Garção,
director de Relações Públicas e Media da empresa
e um dos entusiastas deste evento.
Fechados num hotel, os jovens participantes nesta acção
tiveram de enfrentar as dificuldades que os gestores normalmente enfrentam
numa economia aberta: para ganhar era necessário alcançar
a mais alta cotação numa Bolsa de Valores, também
fictícia, mas que reflectia o desempenho das próprias
equipas.
Nuno Clérigo, da equipa vencedora, considera que esta acção
foi "muito curiosa e bastante agradável, com a vantagem
de juntar elementos de áreas completamente diferentes".
Com três participações anteriores no Gestão
Global, este jovem quadro dos CTT tinha alguma vantagem sobre os que
não conheciam o simulador, e notou uma diferença principal
entre o encontro da Curia e o torneio anualmente realizado pelo EXPRESSO:
"Aqui foi mais interessante, porque as jogadas sucediam-se e
podíamos ver quais tinham sido os nossos erros e corrigi-los
logo a seguir, ao contrário do que acontece no Gestão
Global, em que as jogadas são mais espaçadas",
referiu.
Com mais de 15 mil trabalhadores em todo o país, os CTT têm
de fazer um esforço permanente para criar um espírito
de grupo, podendo dizer-se que esta realização se enquadra
nesse esforço.
Para Carlos Horta e Costa, "os recursos humanos devem ser olhados
numa óptica do seu desenvolvimento, e nesse sentido esta participação
entronca muito bem".
O presidente dos CTT considera igualmente que este encontro serviu para
que os jovens quadros da empresa "compreendam melhor os problemas
de cada um e passem a conhecer-se melhor, não só em termos
profissionais mas até em termos pessoais".
Depois de uma fase de reorganização interna, a empresa
admite vir a contratar novos quadros, considerando, por isso, necessário
estar atento ao funcionamento do mercado universitário.
A partir do próximo mês, os participantes nesta acção
de formação, que decorreu na Curia, irão de novo
juntar-se para competir no Gestão Global-2004, contra as equipas
de outras empresas e escolas do ensino superior.