Ruben Eiras
SE É verdade que a taxa de desemprego atingiu 7,1% no último trimestre de 2004, também é certo que o nível de precariedade laboral diminuiu no ano passado, quando comparado com 2003.
Segundo os últimos dados do Inquérito ao Emprego do Instituto Nacional de Estatística, os contratos a prazo diminuíram cerca de 1,9% face a 2003 e as contratações sem termo cresceram cerca de 2,2%. Além disso, o número de trabalhadores por conta própria decresceu 4,5%, contrariando a tendência de subida dos últimos anos.
Com efeito, o grau de mobilidade laboral também aumentou no ano passado: a percentagem de pessoas que conseguiram o primeiro emprego cresceu 6,3% e o número daqueles que conquistaram um novo posto de trabalho subiu cerca de 6,7%. Por sua vez, a população empregada aumentou uma décima (0,1%).
O sector dos serviços é o responsável por esta vaga de criação de emprego, já que a percentagem de empregados neste segmento de actividade cresceu 3%. Pelo contrário, nas restantes áreas, a fatia de população empregada diminuiu. com destaque para os sectores da indústria e da construção, com uma quebra de 3,4% e 6,1%, respectivamente.
Os jovens são os mais beneficiados por esta tendência: o desemprego no segmento etário dos 25 aos 34 anos de idade caiu 2,6%. Em contraste, o desemprego entre as pessoas com mais de 45 anos aumentou 25,4% em 2004.