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China procura profissionais portugueses

China procura profissionais portugueses

China e Portugal estão cada vez mais próximos. Além do conhecido interesse dos investidores chineses no mercado nacional, que tem vindo a consolidar-se nos últimos meses, as trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa também estão a aumentar. Segundo dados oficiais dos Serviços da Alfândega China, as trocas comerciais entre a segunda maior economia mundial e os países lusófonos cresceram 12,25% entre janeiro e abril deste ano, comparativamente aos primeiros quatro meses de 2013, totalizando 30,3 mil milhões de euros. A acompanhar a tendência, são cada vez mais as empresas chinesas a apostar na contratação de profissionais portugueses. 

25.07.2014 | Por Cátia Mateus


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Desde 2013, altura em que se deu o boom de empresas chinesas a investir em Portugal que as atenções estão centradas nos profissionais portugueses. “As empresas chinesas com presença em Portugal necessitam de profissionais para trabalhar localmente, mas também para trabalhar na China, servindo de ponte para áreas como o imobiliário ou as vendas”, explica Andreia Duarte, partner da empresa de Recursos Humanos Bravemind, especializada na contratação de quadros médios e altos que além da sua atividade em Portugal atua noutras geografias, entre as quais a China. Desde o ano passado que a Bravemind tem sido chamada selecionar profissionais para integrarem empresas chinesas.

Além do imobiliário e vendas que registam maior dinâmica de contratação, as empresas chinesas procuram também advogados e perfis ligados ao turismo. Os portugueses com conhecimentos em mandarim e disponibilidade para residir na China estão em vantagem, mas há outros requisitos igualmente valorizados. A experiência na área em que vão atuar é fundamental, explica a responsável. “É importante para as empresas chinesas ter profissionais portugueses na China que possam falar com conhecimento sobre o mercado português”, explica Andreia Duarte enfatizando que as empresas procuram também perfis que, em Portugal, as ajudem a compreender as particularidades do mercado nacional. “Seria impensável para uma empresa chinesa estar em Portugal sem ter, por exemplo, um profissional português com conhecimento legais”, acrescenta.

As oportunidades para os profissionais portugueses são reais e podem ser aliciantes, mas Andreia Duarte relembra: “é preciso ter consciência de que uma mudança para a China é uma mudança drástica de vida”. A cultura e os hábitos são distintos, a realidade social e profissional também. Não falar o mandarim poderá ser um entrave, ainda que o uso do inglês nos negócios seja prática corrente. As diferenças culturais e a mentalidade em relação à flexibilidade laboral e hierarquias poderão ser as questões mais difíceis de assimilar para os profissionais portugueses que decidam rumar à China. “A chave da adaptação é que o profissional ter consciência do desafio que o espera e de que vai encontrar um mercado de trabalho e uma sociedade muito diferentes, aceitando isso como um desafio e um experiência enriquecedora”, explica Andreia Duarte.



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