Cátia Mateus
UMA empresa criada com o propósito de assegurar a qualidade da carne que comemos, outra pensada para eliminar as mensagens de correio electrónico incómodas e uma terceira que permite monitorizar o número de células em tempo real são os projectos vencedores do primeiro Concurso de Ideias de Negócio, promovido no âmbito do Programa Avançado de Empreendedorismo e Gestão de Inovação (PAEGI), da Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais da Universidade Católica.
Criado com o objectivo de dinamizar o desenvolvimento de planos de negócio entre os alunos participantes no PAEGI, o concurso de ideias tem também como missão fomentar o aparecimento de ideias inovadoras com potencial de negócio em qualquer sector de actividade. Trata-se de traduzir ideias em negócios de valor e foi nisso que pensaram Dina Gonçalves e Hugo Ferreira ao projectar a MagBiosense, vencedora do prémio.
Este projecto de cariz tecnológico pretende desenvolver, fabricar e comercializar bio-sensores magnéticos para detectar microrganismos patogénicos na carne. Segundo os empreendedores,
«este produto, pelas suas características e vantagens competitivas vem suprir uma necessidade do mercado no que concerne à detecção rápida de patogénicos». Para os pais da MagBiosense este é um mercado em expansão dadas as crescentes restrições no que respeita aos parâmetros de controlo e qualidade alimentar.
A empresa, que deverá estar em pleno funcionamento até finais do próximo ano, vai receber do concurso um apoio de três mil euros. Os principais clientes da empresa serão laboratórios de análise microbiológica, matadouros e indústrias transformadoras.
O concurso distinguiu para segundo lugar, em «ex aequo», dois outros projectos empresariais: a AnubisNetwork, de Francisco Fonseca e a Biodigicap, de José Vicente.