Vítor S. Andrade
vandrade@mail.expresso.pt
INSISTO pela segunda semana consecutiva no tema dos acidentes de trabalho
porque voltei a ser confrontado com situações verdadeiramente
inadmissíveis num país que se pretende evoluído.
Já não vou voltar a enunciar casos, pois o efeito preventivo
que esse impulso pudesse ter, simplesmente não se constata. Ou
seja, nem a actividade inspectiva actua com a celeridade e a incidência
que se impõe, só porque saem notícias nos jornais,
nem os prevaricadores deixam de 'pisar o risco', mesmo quando as infracções
são denunciadas.
Sugiro, por isso, que quem tutela a área laboral crie uma espécie
de cadastro para as empresas em geral, onde passe a constar a quantidade
de acidentes de trabalho - do mais ligeiro ao mais grave - que se registam
sob a sua responsabilidade. E que na adjudicação futura
de encomendas, serviços, ou empreitadas a essas empresas, seja
tido em conta o grau de responsabilidade social que cada uma exibe.