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Aprender no estrangeiro

25.07.2003


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João Barreiros

UM GRUPO de universidades europeias, entre as quais se encontra a Universidade de Aveiro, decidiram criar um banco de estágios em empresas, com o objectivo de fomentar a mobilidade dos estudantes e a troca de experiências entre as entidades envolvidas.


Ao contrário do que acontecia no tempo dos nossos pais, a grande multiplicidade de experiências é extremamente valorizada e potenciadora da criação de emprego.

Além disso, com o crescente envolvimento dos países europeus, a mobilidade é cada vez maior, e a oferta de trabalho feita pelas empresas já não se destina exclusiva ou principalmente aos cidadãos oriundos do país onde ela se encontra.

O banco de estágios apoia-se num sítio da internet (www.infostages-job/speed) através do qual se pretende fazer a ligação das três partes envolvidas: universidades, empresas e candidatos:

"os jovens em formação e as empresas são o público pelo qual a rede europeia garante a conformidade entre a oferta e a procura", explicam os promotores deste projecto, que tem apoiado pelo programa comunitário Leonardo da Vinci.

As seis universidades criaram "uma estrutura comum de acolhimento de estagiários, com um tronco comum e ramificações nacionais":

a Universidade de Montpellier (França), a Universidade de Barcelona (Espanha), a Universidade de Turim ENAIP (Itália), a Universidade de Aveiro (Portugal), a Universidade de Heidelberg (Alemanha) e a Universidade de Klaipeda (Lituânia).

Mas, até agora, qualquer estudante pode aproveitar a oportunidade de beneficiar de um estágio laboral no estrangeiro através do projecto Speed, que não é exclusivo para os estudantes ou ex-estudantes das entidades envolvidas.

Enriquecer com mobilidade

Na opinião dos organizadores desta iniciativa, são muito grandes os benefícios de quem pode ter a experiência de trabalhar numa empresa estrangeira. Essa experiência valoriza o estudante:

"Currículo enriquecido, prova de mobilidade, de abertura, de aprendizagem de uma língua estrangeira, para os centros de formação certamente que internacionalização da economia e do social implica necessariamente experiências no estrangeiro".

Segundo Luís Gomes, um dos coordenadores do projecto Speed na Universidade de Aveiro, "o objectivo é promover estágios para estudantes e para licenciados no espaço europeu", estando esta iniciativa a gerar alguma expectativa nas escolas desta instituição portuguesa.

"Em Outubro o projecto conhecerá uma nova fase, com o encontro de todos os parceiros, em Aveiro". Nessa altura o número de entidades envolvidas deverá subir para dezoito, mostrando que o Speed tem espaço ainda para crescer.

As instituições de ensino superior envolvidas têm um trabalho central em todo o processo, sendo elas que garantem a pré-selecção dos currículos e dos próprios estudantes.

Além disso pretendem facilitar a vida dos candidatos apurados, proporcionando "um ambiente positivo para a realização dos estágios, prestando apoio nas formalidades administrativas, na recepção dos estudantes no país de acolhimento, no alojamento, nos objectivos a cumprir no estágio e na sensibilização das empresas para a chegada dos estudantes".

A participação das empresas é feita "on-line", sendo depois validada por um dos parceiros envolvidos neste projecto. A partir dessa altura a empresa pode realizar ofertas de estágio, para os quais serão propostos candidatos acreditados pelas entidades coordenadoras.

O encontro entre as três partes é feito num "chat" privado (realizado no sítio Speed), em que será avaliado o domínio da língua por parte do candidato e efectivada a sua escolha.





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