A AMS Goma-Camps , implantada em Vila Velha de Rodão, tem ambições globais. A partir de Portugal quer crescer e conquistar novos mercados, além de Angola, Moçambique, Cabo Verde, Argélia, Marrocos e Espanha, onde já atua. Em quatro anos a empresa criou 130 novos empregos no interior do país e prepara-se agora para aumentar a equipa.
Milhares de guardanapos, papel higiénico, rolos de cozinha, rolos toalheiros, talhas de mão, rolos industriais, toalhas de mesa e rolos de marquesa, são diariamente produzidos na unidade fabril da AMS Goma-Camps em Vila Velha de Rodão, distrito de Castelo Branco. Criada em 2009, como Projeto de Interesse Nacional (PIN), a unidade de produção de papel tissue de consumo doméstico e industrial, contou com o apoio da Caixa Geral de Depósitos. Em quatro anos gerou 130 postos de trabalho na região do interior do país.
A empresa beirã tem atualmente em marcha um processo de recrutamento que até ao final do ano deverá, segundo o seu administrador José Miranda, “criar três dezenas de novos postos de trabalho”.
No último mês, a AMS Goma-Camps apresentou publicamente - num evento que contou com a presença de membros do Governo, representantes diplomáticos de vários países, administradores e líder várias instituições do panorama nacional - as linhas estratégicas a implementar na terceira fase da sua expansão que se inicia em setembro, com a instalação de duas novas linhas de transformação no valor de 11 milhões de euros. Um reforço da capacidade produtiva da empresa que viabilizará não só novas contratações, como também permitirá alcançar, num futuro próximo, “uma faturação de 68 milhões de euros, com um EBITDA de 12 milhões”, adianta José Miranda.
A empresa que lidera, registou 42 milhões de euros em vendas. Um resultado para o qual tem contribuindo, como explica o administrador, “um conjunto de medidas de gestão implementadas, o espírito corporativo criado entre os colaboradores e uma planificação cuidada de todo o projeto, materializada na localização geográfica, que permite aceder aos destinatários dos produtos em condições vantajosas e receber a matéria prima através de um sistema inovador de pipeline, que assegura ganhos em termos económicos, logísticos e ambientais”.
Um cenário para o qual muito contribui a política seguida pela empresa em matéria de gestão de recursos humanos. O departamento liderado por Célia Santos, responsável de RH, valoriza o papel da formação associado a um rigoroso processo de seleção e desenvolvimento de talentos. Foi esta a fórmula de sucesso encontrada logo da fase de arranque da empresa. A AMS Goma-Camps iniciou a sua operação com 89 colaboradores, em 2009. “Durante esse ano, foi efetuado um enorme volume de formação, a maioria nas instalações de um dos nossos acionistas de referência, de modo a que os colaboradores tivessem, na fase inicial, uma formação dedicada e não on the job, como é típico do sector”, explica Célia Santos adiantando que “essa formação foi planeada de modo a coincidir com o período de montagem das linhas de produção e transformação do papel”. Daí em diante os desafios foram sendo cada vez mais ambiciosos, garante a responsável que terminou 2012 com 122 colaboradores.
A empresa encontra-se neste momento a implementar novas linhas de converting, que constituem a terceira fase do projeto, completando cerca de 50 milhões de investimento total. “Com este investimento, reforçaremos em apenas quatro anos a posição de player de referência nacional no mercado tissue e continuaremos a ganhar dimensão no nosso mercado de exportação por excelência, Espanha”.
O processo de recrutamento agora em curso visa incorporar na equipa novos talentos para a área de produção. “O recrutamento será para funções de Serviço de Apoio”, explica Célia Santos. A responsável de RH enfatiza a prioridade dada às oportunidades internas, facilitando o percurso de colaboradores da empresa que queiram assumir novas funções, mas adianta que a seleção da empresa terá também de assentar em pressupostos de atração de novos talentos. “Temos de pensar num recrutamento que responda às necessidades atuais e que nos permita dar resposta a futuras oportunidades”, explica, adiantando que “a política da empresa assenta não só na contratação de competências, mas também na sua manutenção e desenvolvimento”. Além da produção, a empresa precisa também de aumentar a sua estrutura de recursos humanos na área da logística.
Cerca de 83% dos colaboradores da empresa têm menos de 40 anos e 73% são homens. Para a atual missão de recrutamento a empresa está a aceitar candidaturas espontâneas O capital humano é, segundo Célia Santos “o motor da empresa e como tal tem de ser valorizado e cuidado”.