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A oportunidade da China

Do Oriente podem vir grandes desafios para os líderes europeus
27.10.2006


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Cátia Mateus A China é o país de todas as oportunidades em matéria de emprego, sobretudo ao nível de quadros de topo. A conclusão foi unânime entre os 150 «headhunters» de todo o mundo que recentemente estiveram em Portugal, no Encontro Mundial da MRI Network, para debater as tendências futuras do mercado de emprego no mundo e os desafios associados ao «headhunting». Ana Luísa Teixeira, «country manager» da MRI Network Portugal, adianta mesmo que face à actual conjuntura “aprender mandarim é quase obrigatório”.


Nos últimos anos, a China registou um crescimento económico meteórico que, segundo a especialista da MRI, “foi acompanhado por uma evolução muito positiva em termos de recrutamento de quadros estrangeiros”. Para Ana Luísa Teixeira, deste encontro ressaltou a convicção de que “a China é um país extremamente competitivo em termos de salários e ainda com algumas lacunas a nível de quadros que o Ocidente pode ajudar a colmatar”.

A responsável adianta que “a grande avidez por tudo o que é ocidental torna a China receptiva a recrutar, por exemplo, arquitectos que lhes construam casas, palácios, estradas e as mais diversas infra-estruturas, sempre com um toque europeu”. Os 150 especialistas reunidos no Algarve destacaram ainda a “morte anunciada” do mercado de trabalho local num prazo de 10 anos.

Da partilha de experiências entre as realidades e práticas desta multinacional de «headhunting» saiu a certeza de que “as pesquisas são cada vez mais globais e os líderes deixaram de estar presos ao seu país. A tendência é liderar equipas multiculturais, multilinguísticas e multifuncionais”, explica Ana Teixeira. Com base nesta premissa, a Índia é também um país promissor.

Esta globalidade obriga a uma liderança cada vez mais competitiva e exige que os profissionais aprimorem novas competências. Domínio das novas tecnologias e meios de comunicação facilitadores da mobilidade e acessibilidade, experiência multicultural, competências ao nível da gestão de conflito e adaptação rápida à mudança, são alguns dos requisitos que devem constar do perfil dos profissionais globais.

Trunfos importantes, mesmo numa altura em que as taxas de desemprego verificadas na Europa (também ao nível de quadros de topo) estão a diminuir e a tendência, também por cá, é voltar a investir na contratação de novos colaboradores.





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