Fernanda Pedro
RECORRER ao «outsourcing» e saber gerir bem esse processo é sinónimo de melhoria dos serviços, da qualidade, do custo e do desempenho das empresas. Esta foi a conclusão a que chegou o novo estudo — «The Power of Relations» — publicado pela LogicaCMG e a Warwick Business School. O relatório mostra também que os CEO que não gerem activamente as relações com os seus parceiros de «outsourcing» acabam por perder dividendos de confiança até 40% sobre o valor total dos seus contratos.
A pesquisa sugere que as empresas deverão estabelecer protocolos de relacionamento para definir normas de comportamento, onde as verificações periódicas constituem mecanismos de monitorização do sucesso das relações.
Segundo Andrew de Cleyn, vice-presidente da área de «global service delivery» na LogicaCMG, nenhuma das organizações do estudo indicou um bom contrato como sendo o facto principal. No entanto, «as boas técnicas de gestão de relacionamentos, tais como esquemas de trabalho flexíveis, vontade de mudar e comunicações frequentes e eficientes, foram referidas como sendo importantes», explica a mesma fonte.
Também Leslie Willcocks, professor da Warwick Business School e co-autor do relatório, refere que a verdadeira confiança não é algo ingénuo mas resulta de planeamento, sendo orientada pelas pessoas, estruturas, processos e medidas certas, resultando como mérito do desempenho. Na opinião do responsável, tornou-se óbvio que as próprias relações passaram a ser recursos estratégicos que exigem das chefias um investimento permanente e uma atenção proporcional à sua importância.
«Ignorar o valor das relações de ‘outsourcing' correctamente geridas equivale à negligência corporativa, simplesmente porque afectam de forma significativa o retorno do investimento e o potencial valor inerente ao ‘outsourcing'», admite Willcocks.