Cátia Mateus
O FRANCHISING volta a marcar presença no recinto
da Feira Internacional de Lisboa (FIL). É já em Maio que
a Expofranchise, promete desinquietar o espírito de iniciativa
de todos aqueles para quem criar uma empresa é um objectivo a materializar.
De 29 a 31 de Maio, o espaço da FIL no Parque das Nações
transforma-se numa gigantesca feira de oportunidades onde o difícil
será mesmo, entre tanta variedade de opções, escolher
o negócio mais adequado ao perfil do potencial empreendedor.
A Expofranchise vai já na nona edição, mas o certamente
- organizado pelo Instituto de Informação em Franchising
(IIF) - continua a surpreender os visitantes.
Na edição que agora se avizinha, são esperados
cerca de 150 expositores em representação de sectores
de actividade tão distintos como a restauração,
agências imobiliárias, acessórios de moda, serviços,
consultoria, actividades para crianças, entre outros.
A organização faz saber ainda que, "a par das
marcas já habituais que estão presentes no certame desde
a primeira edição, o visitante vai poder encontrar um
grande número de estreias nacionais e internacionais e assistir
ao regresso de alguns conceitos de negócio".
De acordo com Eduardo Miranda, presidente do IIF, "esta edição
da Expofranchise deverá atrair ao recinto da FIL cerca de 10
mil visitantes". O responsável adianta que o evento
é um palco privilegiado para todos os que encontram no "franchising"
uma solução de negócio.
"A Expofranchise possibilita o contacto pessoal entre o potencial
franchisado e os principais responsáveis pela marca, possibilitando
a recolha de informação sobre como lançar um negócio
neste regime, que oportunidades existem no momento e que novidade há
em matéria de conceitos empresariais", explica o presidente
do IIF.
Na realidade, ao longo dos últimos anos o "franchising"
têm vindo a ganhar força enquanto modelo de negócio.
As suas vantagens são inúmeras e este sistema é
particularmente favorável a quem sempre sonhou ser empresário
mas nunca teve coragem de se lançar num negócio por sua
conta e risco.
No "franchising" o empreendedor partilha com o "master"
da marca (ou "franchisador") todas as dificuldades inerentes
à criação de uma empresa. A experiência e
"know-how" do detentor da marca, e o facto de se tratar de
um modelo de negócios já testado, funcionam como um precioso
auxílio para jovem empresários, minimizando os riscos
de insucesso do projecto.
Mas aqui não se partilham só as vitórias. Optar
por um sistema de "franchising" exige também a consciência
de que há obrigações a cumprir com a marca e que
este é um modelo de negócio mais limitativo do que criar
uma empresa de raiz.
A actuação do "franchisado" e as suas iniciativas
estarão sempre sujeitas à aprovação do "master".
Todavia, esta limitação não parece constituir problema.
Na última década, o mercado do "franchising"
cresceu em Portugal qualquer coisa como 300%, segundo dados do IIF.
Para Eduardo Miranda, "os últimos quatro anos representam
um período de maturidade deste modelo de negócio. O 'franchising'
deixou de ser uma novidade para se tornar uma das principais alternativas
de expansão e criação de pequenos negócios".
Este modelo empresarial que já transformou pequenos negócios
em verdadeiras multinacionais, atravessa um bom momento em território
nacional. Durante o ano passado entraram no mercado mais de 40 novas
marcas.
Actualmente são vários os sectores onde um investimento
poderá ser bem sucedido. Na opinião de Eduardo Miranda,
as áreas ligadas à saúde, bem-estar e cuidados
de beleza são bons focos de negócio.
A estas áreas há ainda a acrescentar a restauração,
as áreas da formação, os acessórios de moda
e imobiliário como sector com potencial.