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'Caça' aos temporários

22.07.2005


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Fernanda Pedro

O TRABALHO temporário (TT) tem vindo a crescer nos últimos meses. Marcelino Pena da Costa, presidente da Associação Portuguesa das Empresas de Trabalho Temporário (APETT), confirma este aumento, revelando que em média, as empresas de TT registaram um crescimento de 20 a 25% no último semestre.


Segundo o responsável, «para períodos de trabalho de três a seis meses, esse aumento andou na ordem dos 40%». Pena Costa refere mesmo que esta situação se deve, em parte, ao actual panorama do desemprego e à própria conjuntura económica do país. «As empresas estão expectantes no que diz respeito à situação económica do país e entraram em contenção no que diz respeito a contratos a termo, daí ter subido a procura do TT e em todas as áreas», explica o presidente da APETT.

O CRH SGPS, grupo especializado na prestação de serviços de recursos humanos, que acaba de anunciar um crescimento de 47% no trabalho temporário, no primeiro semestre de 2005, comparativamente ao ano anterior, é um exemplo disso. Só neste período, o grupo CRH facturou mais de 10 milhões de euros, uma subida superior a 10% comparativamente ao registado no primeiro semestre de 2004.

Também a Adecco Portugal, empresa especializada em recursos humanos, verificou no primeiro trimestre deste ano, um crescimento do volume de negócios na ordem dos 35% comparativamente a igual período do ano anterior.

Filipe Seita Duarte, administrador do grupo CRH, refere que a maior procura do TT parte dos sectores do turismo, restauração, administração pública e indústria. «A oferta continua a ser, em 60% dos casos, para profissões semiqualificadas. Assim sendo, as habilitações andam em geral pelo 9º ano de escolaridade», esclarece Seita Duarte.

As zonas onde mais se tem verificado esta subida são o litoral do país, o Algarve, Setúbal e Braga. Também para Paulo Canôa, director-geral da Adecco Portugal, os sectores das telecomunicações, serviços administrativos e área comercial «têm sido aqueles onde se tem verificado maiores incrementos, esta é uma tendência que se tem mantido ao longo do segundo trimestre», remata o director da empresa de RH.





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