Carreiras

Primeira pessoa



01.01.2000



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Olhar para o futuro

O meu nome é Paulo Mendonça, licenciei-me em Gestão e sou um jovem empresário. A ideia de gerir o meu próprio negócio sempre me atraiu, queria tomar decisões, "levar o barco a bom porto". Criar uma empresa é uma aventura, é como ter um bebé nas mãos, vê-lo crescer e vingar na vida. Cada passo tem que ser minuciosamente calculado para que a aventura tenha o menor número possível de percalços.

Assisti ao advento da internet que transformou o mundo das (tele)comunicações - os portais de acesso, sites e mais sites, e-mails! De repente, todos queriam estar envolvidos no universo on-line. Os investimentos na World Wide Web cresceram a um ritmo alucinante e as profissões ligadas ao sector tiveram (e têm) uma grande procura.

Começou a ser desprestigiante para uma empresa, instituição ou organização de eventos não ter um site a divulgar a sua actividade. Nasceu a ideia de que não estar acessível na internet é sinal de falta de visão empreendedora, de obsoletismo empresarial. A modernidade exige que toda e qualquer empresa ou associação, quer ser reconhecida, tenha um espaço on-line actualizado.

No entanto, havia toda uma geração anterior à minha que não estava preparada para enfrentar as mudanças que iriam ocorrer. Muitas dessas pessoas estavam à frente de pequenas, médias e mesmo grandes empresas, mas corriam o risco de começar a perder terreno se não fizessem um cyber-investimento. Era um nicho de mercado representativo, com dinheiro e necessidade de se fazer anunciar no novo meio de comunicação. Havia no nosso país uma lacuna no mercado de serviços on-line.

No meu caso, estar em Portugal, onde tudo aconteceu um pouco mais tarde, foi uma vantagem. Pude ver o que se passava lá fora, na televisão, em jornais, revistas e claro, na internet. Vislumbrei uma oportunidade...

E se formasse uma empresa de construção de sites para grupos empresariais, instituições e eventos para depois vender o site tal como qualquer outro produto? Comecei por arranjar contactos - programadores, Web designers, informáticos. Juntos fizemos um site piloto para nos darmos a conhecer e para apresentar o projecto ao CFE (Centro de Formalidades de Empresas), uma entidade do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI). Tomei conhecimento de todos os passos a tomar para criar a minha empresa - os procedimentos legais, fundos de investimento, etc. e meti mãos à obra.

Não foi fácil, exigiu espírito de iniciativa, de liderança, muito esforço mas conseguimos, eu e toda uma equipa que trabalhou afincadamente e a quem devo o meu obrigado. O projecto que surgiu da minha cabeça é agora uma realidade e o sentimento de realização pessoal é enorme.Hoje, sou sócio gerente de uma empresa de construção de sites na internet.

È necessário estar prevenido e medir todas as acções com cautela ou a aventura corre mal. Andamos todos ao mesmo, queremos ser bem sucedidos e ter dinheiro - a concorrência é forte. Gostava que a história que aqui contei servisse de inspiração a todos aqueles que têm o sonho de criar uma empresa. Se você é um deles, vá em frente, coragem!






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