Olhar para o futuro
O meu nome é Paulo Mendonça, licenciei-me em
Gestão e sou um jovem empresário. A ideia de gerir o meu próprio negócio
sempre me atraiu, queria tomar decisões, "levar o barco a bom porto".
Criar uma empresa é uma aventura, é como ter um bebé nas mãos, vê-lo crescer
e vingar na vida. Cada passo tem que ser minuciosamente calculado para
que a aventura tenha o menor número possível de percalços.
Assisti ao advento da internet que transformou o mundo das (tele)comunicações
- os portais de acesso, sites e mais sites, e-mails! De repente, todos
queriam estar envolvidos no universo on-line. Os investimentos na World
Wide Web cresceram a um ritmo alucinante e as profissões ligadas ao sector
tiveram (e têm) uma grande procura.
Começou a ser desprestigiante para uma empresa, instituição ou organização
de eventos não ter um site a divulgar a sua actividade. Nasceu a ideia
de que não estar acessível na internet é sinal de falta de visão empreendedora,
de obsoletismo empresarial. A modernidade exige que toda e qualquer empresa
ou associação, quer ser reconhecida, tenha um espaço on-line actualizado.
No entanto, havia toda uma geração anterior à minha que não estava preparada
para enfrentar as mudanças que iriam ocorrer. Muitas dessas pessoas estavam
à frente de pequenas, médias e mesmo grandes empresas, mas corriam o risco
de começar a perder terreno se não fizessem um cyber-investimento. Era
um nicho de mercado representativo, com dinheiro e necessidade de se fazer
anunciar no novo meio de comunicação. Havia no nosso país uma lacuna no
mercado de serviços on-line.
No meu caso, estar em Portugal, onde tudo aconteceu um pouco mais tarde,
foi uma vantagem. Pude ver o que se passava lá fora, na televisão, em
jornais, revistas e claro, na internet. Vislumbrei uma oportunidade...
E se formasse uma empresa de construção de sites para grupos empresariais,
instituições e eventos para depois vender o site tal como qualquer outro
produto? Comecei por arranjar contactos - programadores, Web designers,
informáticos. Juntos fizemos um site piloto para nos darmos a conhecer
e para apresentar o projecto ao CFE (Centro de Formalidades de Empresas),
uma entidade do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao
Investimento (IAPMEI). Tomei conhecimento de todos os passos a tomar para
criar a minha empresa - os procedimentos legais, fundos de investimento,
etc. e meti mãos à obra.
Não foi fácil, exigiu espírito de iniciativa, de liderança, muito esforço
mas conseguimos, eu e toda uma equipa que trabalhou afincadamente e a
quem devo o meu obrigado. O projecto que surgiu da minha cabeça é agora
uma realidade e o sentimento de realização pessoal é enorme.Hoje, sou
sócio gerente de uma empresa de construção de sites na internet.
È necessário estar prevenido e medir todas as acções com cautela ou a
aventura corre mal. Andamos todos ao mesmo, queremos ser bem sucedidos
e ter dinheiro - a concorrência é forte. Gostava que a história que aqui
contei servisse de inspiração a todos aqueles que têm o sonho de criar
uma empresa. Se você é um deles, vá em frente, coragem!